Goleador em Angola, brasileiro relata rotina de terra que ainda tem futebol
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Amanhã, Tony irá acordar cedo, tomar café da manhã ao lado dos seus companheiros de time, ouvir a preleção do seu treinador, fazer o aquecimento e ir a campo para enfrentar o Bravos do Maqui e defender a liderança do Campeonato Angolano.
Enquanto o futebol está parado na maior parte do planeta devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a rotina do centroavante brasileiro que ocupa a artilharia da competição na África continua a mesma... ou quase.
"Olha, estamos tomando banho de álcool em gel. É álcool gel em antes do treino, na hora do jogo. Também não estamos cumprimentando os adversários e tomando todos os cuidados possíveis", disse o jogador do Petro de Luanda, autor de 14 gols nesta temporada.
Até o momento, a África vem sofrendo bem menos com a proliferação do vírus que Ásia, Europa e América. Angola, por exemplo, tem alguns casos suspeitos, mas ainda não confirmou nenhuma contaminação pelo covid-19.
No último fim de semana, os jogos da Girabola, a primeira divisão local, ainda foram disputados com a presença normal de público. A partir desta rodada, no entanto, as partidas serão jogadas com portões fechados.
"A ideia é que um vigie o outro para que isso não se prolifere. Temos que pensar em nós e também na nossa família", disse o atacante, que mora na África com a esposa e dois filhos, um menino de cinco anos e uma menina de quatro meses.
Natural do Morro dos Alagoanos, em Vitória (ES), Tony fez carreira no futebol do Sul do Brasil. Ele jogou por bastante tempo em Santa Catarina (Marcílio Dias, Metropolitano e Brusque) e no Paraná.
Esta é sua quarta temporada em Angola. Nas três anteriores, foi vice-campeão nacional. Agora, divide a liderança com o 1º de Agosto, clube mais poderoso do país na atualidade.
"Desde quando eu estava na base do Atlético-MG, meu sonho era alcançar uma equipe grande. Fui conseguindo galgar os objetivos aos poucos até chegar ao Petro, que é grande aqui em Angola."
Ídolo no país, Tony não tem dúvidas de que, hoje em dia, atuar em alguns lugares da África, como no time de que defende, é até melhor financeiramente do que jogar em clubes pequenos do Brasil.
"O salário é melhor. Mas a diferença principal é que, aí no Brasil, nem todos os clubes pagam em dia. Aqui, eles combinam algo com você e vão arcar com tudo direitinho até o fim do contrato."
A pandemia do covid-19 começou na China, mais ou menos na virada do ano, mas já se espalhou por todos os continentes. Até ontem, a OMS (Organização Mundial de Saúde) confirmava quase 210 mil casos da doença em mais de 150 países. Os mortos já haviam passado de 8.700.
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