As 5 maiores zebras da história da Liga dos Campeões da Europa
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Nos últimos 11 anos, apenas seis clubes venceram a Liga dos Campeões da Europa. Foram quatro títulos do Real Madrid, três do Barcelona e um de Inter de Milão, Bayern de Munique, Chelsea e Liverpool.
Mas vencer o torneio interclubes mais badalado do planeta nem sempre foi exclusividade dos clubes da prateleira de cima do futebol do Velho Continente (e, consequentemente, do mundo).
Em mais de seis décadas de história, a Champions já foi palco de grandes surpresas e zebras homéricas.
Por conta disso, o "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo os cinco campeões europeus que mais merecem ser chamados de zebra.
Vale lembrar que, nesta temporada (interrompida pela pandemia do novo coronavírus), já há quatro times classificados para as quartas de final da competição (Paris Saint-Germain, Atalanta, Atlético de Madri e RB Leipzig) e nenhum deles já venceu a Champions.
NOTTINGHAM FOREST 1978/79
O maior exemplo de ascensão rápida que o futebol europeu já viu. Em 1976/77, o Forest foi terceiro colocado na segunda divisão inglesa e conseguiu o acesso para a elite. Na temporada de estreia, já conquistou o título nacional. E, no ano seguinte, faturou a Liga dos Campeões. A vítima na final não foi tão expressiva assim: o Malmö, da Suécia. Mas o caminho percorrido pelo time inglês dirigido por Brian Clough não precisava de uma final épica para ser surpreendente. O Forest ainda foi bi da Europa na temporada 1979/80 (sobre o Hamburgo) antes de voltar ao esquecimento —hoje disputa a segundona da Inglaterra mais uma vez.
STEAUA BUCARESTE 1985/86
Trinta e quatro anos atrás, um apanhado de jogadores romenos de pouca experiência internacional e proibidos pelo governo de se transferir para o exterior fizeram do Steaua Bucareste o primeiro time do bloco comunista a se sagrar campeão europeu. A conquista veio na decisão por pênaltis, depois de um empate por 0 a 0 contra o Barcelona que entrou para a história por ter sido uma verdadeira batalha campal. O Barça da época ainda não era o esquadrão estrelado que seria montado nas décadas seguintes, mas já contava com nomes importantes, como o meia alemão Bernd Schuster e o artilheiro escocês Steve Archibald.
ESTRELA VERMELHA 1990/91
O segundo (e último) título da Liga dos Campeões conquistado por um clube de um país socialista também foi obtido nos pênaltis, depois de um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Em 1991, o Estrela Vermelha entrou para o grupo dos campeões europeus com um elenco bastante jovem, cheio de jogadores que haviam vencido o Mundial sub-20 com a seleção da Iugoslávia quatro anos antes. O adversário na final foi o Olympique de Marselha, responsável pela eliminação do Milan, que havia vencido as duas edições anteriores da Champions e era a potência número um da época.
PORTO 2003/04
Em uma época já menos propícia a zebras, com grande concentração de dinheiro e talentos em uma quantidade restrita de clubes, o Porto interrompeu a hegemonia de ingleses, espanhóis, italianos e alemães para conquistar a segunda Liga dos Campeões de sua história. O curioso é que seu adversário na final, o Monaco, também era um tremendo azarão. O título do Porto serviu também como apresentação ao mundo de um dos técnicos mais importantes do século 21, o luso José Mourinho, que se transferiu logo após a conquista para a Premier League (Chelsea).
INTER DE MILÃO 2009/10
Seis anos depois do título do Porto, Mourinho aprontou de novo. Não que sua Inter de Milão não estivesse no primeiro escalão do futebol europeu. Mas é que, naquela época, havia um time muito acima dos outros: o Barcelona, com Pep Guardiola e Lionel Messi fazendo história. A máquina catalã foi aniquilada pela Inter na semifinal, em um surpreendente confronto que popularizou a expressão "estacionar o ônibus" (referência à retranca quase intransponível montada por Mou). Já na decisão, vitória 2 a 0 sobre o Bayern de Munique e taça rumo a Milão.
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