Newcastle vai virar "novo rico" e quer time com Coutinho e astro francês
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Chelsea, Manchester City, Paris Saint-Germain. O seleto grupo dos clubes que se tornaram "novos ricos" do futebol europeu depois de serem comprados por bilionários que não costumam economizar na busca por reforços está prestes a ganhar um novo integrante.
A venda do Newcastle para um fundo de investimentos ligado ao governo da Arábia Saudita já é tratada como algo certa pelo imprensa inglesa desde a semana passada e deve ser oficializada nos próximos dias.
De acordo com o "Financial Times", o negócio deve movimentar pelo menos 345 milhões de euros (quase R$ 2 bilhões). Cerca de 80% desse dinheiro sairá dos cofres de Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro do país asiático. O restante do dinheiro será pago por seus sócios minoritários, que são ingleses.
Segundo o "Daily Mirror", outros 230 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) serão disponibilizados na próxima janela de transferências para a chegada de novos jogadores. Isso mesmo em um pesado cenário de retração econômica por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Os carros-chefes desse projeto para fazer o elenco do Newcastle mudar de patamar a partir da temporada 2020/21 seriam o meia brasileiro Philippe Coutinho (Bayern de Munique) e o atacante francês Antoine Griezmann (Barcelona).
Para treinar a constelação que os sauditas pretendem montar no norte da Inglaterra, os favoritos são o espanhol Rafa Benítez (ex-Liverpool, Real Madrid, Chelsea e Inter de Milão) e o argentino Mauricio Pochettino, vice da última Liga dos Campeões pelo Tottenham.
A médio e longo prazo, o projeto do Newcastle é ainda mais ousado. Seu principal sonho é tirar o atacante francês Kylian Mbappé do PSG.
Dinheiro para pensar grande não falta. A família Bin Salman controla boa parte das reservas de petróleo do planeta e, de acordo com cálculos da "Brand Finance", tinha em 2018 uma fortuna estimada em US$ 1,4 trilhão (R$ 7,4 trilhões).
Ser comprado por um dono endinheirado já mudou a história de vários clubes na Europa. Chelsea e Manchester City eram times de meio de tabela na Inglaterra até o começo do século e hoje se tornaram potenciais continentais. Já o PSG virou "dono" do futebol francês após ser adquirido por um fundo do Qatar.
Mas há experiências que deram errado. O Málaga chegou a sonhar em fazer frente a Barcelona e Real Madrid quando foi comprado por um xeque árabe, em 2010. O novo dono continua no clube até hoje, mas simplesmente desistiu de investir pesado no futebol.
O Milan teve uma trajetória ainda mais infeliz. Em 2017, foi comprado por um grupo de investidores chineses que prometia recolocá-lo novamente no topo do Calcio italiano, mas que faliu depois de menos de 12 meses —um fundo norte-americano que havia emprestado dinheiro para o negócio acabou assumindo o clube como garantia.
O Newcastle já conquistou quatro vezes o Campeonato Inglês, não ganha a competição há mais de 90 anos, desde a temporada 1926/27. Seu último título de expressão foi o da Taça das Feiras (um torneio europeu já extinto), em 1969.
Na atual temporada, os Magpies, como são conhecidos, ocupam a 13ª colocação na Premier League, com 35 pontos, apenas oito a mais que o Bournmeouth, que abre a zona de rebaixamento.
A primeira divisão inglesa está paralisado em virtude da pandemia da covid-19 desde o dia 9 de março, quando foi concluída a 29ª rodada. A competição ainda não tem data definida para voltar, mas trabalha com a previsão de retorno em junho.
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