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Rafael Reis

5 brasileiros que gigantes italianos contrataram e ninguém entendeu por que

Digão, irmão de Kaká, em uma de suas raras aparições com a camisa do Milan - Reprodução
Digão, irmão de Kaká, em uma de suas raras aparições com a camisa do Milan Imagem: Reprodução

13/05/2020 04h00

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Uma parte considerável da história do futebol italiano nas últimas décadas foi escrita com pés brasileiros. Falcão, Zico, Toninho Cerezo, Aldair, Cafu, Kaká e Ronaldo foram alguns dos representantes do futebol pentacampeão mundial que brilharam no Calcio e o ajudaram a ser um dos campeonatos mais importantes do planeta.

Mas isso não significa que os italianos sempre dão bola dentro na hora de se reforçarem com jogadores aptos a defender a seleção canarinho.

Assim como acertaram muito, os clubes mais importantes da Bota também já erraram bastante na hora de contratar brasileiros. Há alguns jogadores que, até hoje, os torcedores não conseguem entender por que passaram por essas equipes.

O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo cinco desses compatriotas de Falcão, Kaká e companhia que até entraram para a história do futebol italiano, mas apenas por terem sido reforços inexplicáveis.

DIGÃO
Zagueiro
34 anos
Contratado pelo Milan em 2005

O Milan era o atual campeão italiano e estava apaixonado por Kaká quando anunciou a chegada de um novo reforço brasileiro: Digão, zagueiro que havia acabado de completar 20 anos e que também havia sido formado pelo São Paulo. Só que o defensor ainda não havia estreado como profissional quando foi contratado e nem era um destaque das categorias de base do Morumbi. Mas Digão era irmão de Kaká. E isso bastava. Evidentemente, o reforço não deu nada certo. Jogou apenas três partidas pela equipe rossonera, foi emprestado a equipes de divisões inferiores e se aposentou quando tinha só 27 anos.

KERLON
Meia-atacante
32 anos
Contratado pela Inter de Milão em 2009

Kerlon em treinamento pelo Spartak Trnava - FC Spartak Trnava/Divulgação - FC Spartak Trnava/Divulgação
Kerlon em treinamento pelo Spartak Trnava, seu último clube na carreira
Imagem: FC Spartak Trnava/Divulgação

Tudo bem que Kerlon era uma aposta de 21 anos quando a Inter resolveu contratá-lo. Mas era uma aposta muito mais conhecida pela capacidade de fazer embaixadinhas com a cabeça (o "drible da foca") do que pela capacidade de criar chances de gol e decidir jogos. Uma prova disso é que em seu primeiro ano na Itália, pelo Chievo, o brasileiro só ficou 63 minutos em campo. Mesmo assim, a equipe de Milão resolveu pagar para ver. E Kerlon, hoje já aposentado em virtude de inúmeros problemas físicos, jamais chegou a disputar uma partida oficial com o uniforme nerazzurro.

LÚCIO
Zagueiro
42 anos
Contratado pela Juventus em 2012

Lúcio foi um senhor zagueiro. Disputou três Copas do Mundo, conquistou quatro títulos nacionais e ganhou uma Liga dos Campeões. Mas quando a Juventus decidiu contratá-lo, em 2012, o brasileiro tinha 34 anos e vinha de uma temporada em que já dava fortes sinais de decadência física e técnica na Inter de Milão. Além disso, a Juve contava na época com uma linha defensiva bastante sólida, com Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci e Andrea Barzagli na flor da idade. Para a surpresa de quase ninguém, Lúcio não deu certo em Turim. Apenas seis meses depois de ser contratado, foi liberado sem custos para retornar ao Brasil e defender o São Paulo.

MICHEL BASTOS
Meia
36 anos
Contratado pela Roma em 2014

O jogador viveu grandes momentos no Lyon e até defendeu a seleção brasileira na Copa-2010. Mas, quatro anos depois do Mundial da África do Sul, quando a Roma decidiu investir em sua contratação, o cenário era completamente diferente. Michel Bastos já não estava nem mais no futebol europeu, mas sim no Al-Ain, dos Emirados Árabes. Mesmo assim, os italianos resolveram pagar para ver e o levaram por empréstimo de seis meses. Quando o acordo chegou ao fim, a Roma não quis manter Michel Bastos no elenco e o devolveu para os árabes. Logo na sequência, ele assinou com o São Paulo.

RUBINHO
Goleiro
37 anos
Contratado pela Juventus em 2012

Rubinho, na Juventus - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Irmão do ex-volante e hoje comentarista Zé Elias, o goleiro passou quatro temporadas na Juventus. Durante esse período todo, disputou apenas duas partidas e passou muito, mas muito tempo mesmo, treinando com Gianluigi Buffon. É óbvio que, quando contratou Rubinho, o clube de Turim não precisava de alguém para disputar posição com um dos melhores arqueiros que o mundo viu nas últimas décadas. Mas, talvez fizesse mais sentido ter buscado um goleiro apto para suceder o ídolo italiano e não um jogador que, antes de chegar à Juve, estava há oito meses desempregado.