Por onde andam 7 brasileiros que defenderam seleções estrangeiras?
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Defender a seleção é o desejo de qualquer jogador profissional de futebol. Mas há alguns que acabam realizando esse sonho em país diferentes daquele onde nasceram e deram seus primeiros chutes na bola.
Com os brasileiros, não é diferente. Só na história das Copas do Mundo, 25 atletas originários no único país pentacampeão mundial da modalidade disputaram a competição vestindo outras camisas.
E há ainda outros tantos que atuaram por seleções estrangeiras em competições continentais, amistosos e torneios de base.
A partir de hoje e nas próximas semanas, o "Blog do Rafael Reis" vai relembrar alguns desses nomes e mostrar o que cada um deles anda fazendo atualmente. Para começar, é hora de descobrir os paradeiros de sete brasileiros que ganharam outras cidadanias no mundo da bola.
DECO
Ex-meia
42 anos
Portugal
Um dos principais nomes que o Brasil perdeu para outras seleções, o ex-meia marcou época durante quatro temporadas com a camisa do Barcelona e defendeu Portugal em duas edições da Eurocopa (2004 e 2008) e da Copa do Mundo (2006 e 2010). No fim da carreira, Deco voltou ao seu país natal para defender o Fluminense, clube pelo qual se aposentou em 2013. Após pendurar as chuteiras, o ex-jogador virou um importante empresário do mundo da bola. Bastante próximo ao português Jorge Mendes, um dos agentes mais influentes do planeta, conta na sua carteira de clientes com jogadores como o volante Fabinho (Liverpool) e o atacante Tiquinho Soares (Porto).
CACAU
Ex-atacante
39 anos
Alemanha
Raro caso de jogador negro que defendeu a seleção germânica, o atacante nascido em Santo André deixou o Brasil quando tinha 18 anos e nunca mais voltou. Durante 16 dos 17 anos de sua carreira no exterior, Cacau jogou em clubes da Alemanha. Naturalizado, Cacau foi convocado pela primeira vez em 2009 e, no ano seguinte, fez parte do elenco que foi terceiro colocado na Copa do Mundo da África do Sul. Logo após a aposentadoria, o ex-atacante já começou a trabalhar para a DFB (Federação Alemã de Futebol), em um programa de integração de estrangeiros ao futebol do país.
MAZOLA
Ex-atacante
81 anos
Itália
Reserva do Brasil campeão mundial em 1958, mudou-se para a Itália depois da conquista do título, passou a ser conhecido pelo nome de batismo, José Altafini, e se transformou em ídolo do Milan. Mazola fez tanto sucesso no Calcio que até disputou mais um Mundial, em 1962, mas pela seleção italiana (na época, isso era permitido). Depois da aposentadoria, o ex-atacante decidiu continuar morando na Itália, onde se tornou um dos comentaristas esportivos mais importantes do país (chegou a emprestar sua voz para os games da série Pro Evolution Soccer). Apesar de já ser octogenário, ele continua em atividade nos microfones.
LUÍS OLIVEIRA
Ex-atacante
51 anos
Bélgica
Na década de 1990, época em que a Bélgica não era tão temida quanto hoje em dia, o maranhense nascido em São Luís era um dos principais nomes da seleção. Oliverrá, como era chamado, transferiu-se para o Anderlecht quando tinha 16 anos e por lá ficou durante sete temporadas, o que lhe permitiu a naturalização. Em 1998, quando disputou sua única Copa do Mundo, ele defendia a Fiorentina. Após pendurar as chuteiras, Oliveira passou a trabalhar como treinador. No entanto, não conseguiu decolar nessa carreira e dirigiu apenas times de Malta e das divisões menores do Calcio italiano.
EDUARDO DA SILVA
Atacante
37 anos
Croácia
Nascido no Rio de Janeiro, transferiu-se para a Croácia ainda ante de se profissionalizar e ficou por lá até estrear pela seleção do país que o acolheu. Eduardo, que também defendeu Arsenal, Shakhtar Donetsk, Flamengo e Athletico-PR, disputou a Euro-2012 e Copa-2014 com a camisa quadriculada do time de Luka Modric. Apesar de não estar oficialmente aposentado, o atacante não disputa uma partida profissional desde o fim de 2018, quando deixou o Légia Varsóvia, da Polônia. Ele também é dono de uma empresa de produtos biodegradáveis e atua no mercado imobiliário da Inglaterra.
WAGNER LOPES
Ex-atacante
51 anos
Japão
Formado no São Paulo, mas com praticamente toda a carreira construída no Japão, o ex-atacante fez parte da primeira seleção nipônica que disputou uma Copa. Em 1998, Wagner Lopes era reserva dos "Samurais", mas participou de todas as três partidas da equipe no Mundial da França. Depois que deixou os gramados, em 2002, ele retornou ao Brasil e construiu uma sólida carreira como treinador em times de Série B do futebol nacional. Seu trabalho mais recente, no Botafogo (SP), da segundona brasileira, terminou em fevereiro.
BENNY FEILHABER
Ex-meia
35 anos
Estados Unidos
Apesar do nome de gringo, Feilhaber nasceu no Rio de Janeiro e é torcedor do Botafogo. Ele deixou o Brasil ainda crianças, aos seis anos, para morar nos Estados Unidos, onde vive até hoje. O meio-campista, que possui tripla cidadania (também é austríaco), esteve nos Jogos Olímpicos-2008 e na Copa do Mundo-2010. Campeão da MLS (Major League Soccer) em 2013 com o Sporting Kansas City, o carioca anunciou a aposentadoria há apenas dois meses e revelou que pretende continuar trabalhando com futebol.
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