A história do atacante brasileiro que fez fama na Itália por causa de game
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Não foram uma, duas ou três vezes que Inácio Piá foi abordado nos estádios por torcedores de equipes adversárias interessados em conseguir um autógrafo, bater um papo ou tirar uma foto ao seu lado.
Apesar de nunca ter sido um astro do futebol, daqueles que têm fãs e admiradores espalhados por onde passa, o ex-atacante brasileiro que fez carreira na Itália acumulou ao longo da sua trajetória nos gramados várias situações como as descritas acima.
Só que o motivo principal não foram os gols que ele marcou com as camisas de Napoli, Atalanta, Torino e Lecce, mas sim o que um personagem que levava o seu nome era capaz de fazer no mundo virtual.
No começo dos anos 2000, Inácio Piá era um fenômeno dos games da série "Championship Manager", precursora do atual "Football Manager". Contratar o então jovem atacante recém-promovido aos profissionais era um dos segredos para quem queria ter uma carreira de sucesso no jogo.
"Não tenho ideia de onde tiraram que eu era tão bom assim. Considero que eu era um bom jogador, mas não no nível que o game retratava, como convocado para a seleção brasileira e candidato à Bola de Ouro", afirma.
Natural do interior de São Paulo, Piá passou boa parte da carreira rodando por times da segunda e da terceira divisões italianas. Na Série A do Calcio, ele disputou 58 partidas e marcou cinco gols. Ele também teve uma rápida passagem pela Grécia e nunca atuou profissionalmente no Brasil.
"Considero que meu melhor momento foi na temporada 2008/2009, pelo Napoli. Eu já era bastante experiente e jogava com alguns feras, como Lavezzi e Hamsik. Nesse ano, bati um recorde e me tornei o primeiro jogador [do clube] a fazer gols em todos os escalões, da Série C até uma competição europeia", lembrou.
Curiosamente, o Piá real nunca comandou o Piá virtual. Mas, apesar de não ser muito adepto dos jogos eletrônicos, o ex-atacante costumava acompanhar de perto os feitos do seu personagem no mundo das telas.
"Boa parte dos meus companheiros de quarto jogava e me contava tudo que acontecia. Eu era tão bom que nem precisava pedir para que eles me contratassem. Todo mundo me contratava", afirmou.
"É claro que tudo que consegui na carreira foi graças ao meu esforço. Mas posso falar que meu sucesso no game teve efeitos positivos, sim. Foi algo que me ajudou bastante, principalmente em relação à imagem e a ficar mais conhecido", completou.
Aposentado desde 2017, Piá agora se dedica a encontrar novos atletas para inserir nos gramados (e também nos games de futebol). Ele é licenciado como agente de jogadores pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e também pela FIGC (Federação Italiana de Futebol).
"Temos um centro de formação de novos atletas no Rio de Janeiro, que conta com sete campos e alojamentos para garotos de 15 a 20 anos. Mas nosso trabalho não é só descobrir brasileiro e leva-los para a Itália. Também sou empresário de jogadores europeus", declara.
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