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Rafael Reis

Janela pós-pandemia já movimentou R$ 7,4 bi; veja os 10 reforços mais caros

Venda de Arthur para a Juventus é o negócio mais caro desta janela de transferências - Albert Gea/Reuters
Venda de Arthur para a Juventus é o negócio mais caro desta janela de transferências Imagem: Albert Gea/Reuters

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A maior parte dos principais campeonatos nacionais da Europa ainda está em andamento. E a fase final da Liga dos Campeões só será retomada em agosto. Mesmo assim, a janela de transferências para a próxima temporada já movimentou 1,2 bilhão de euros (R$ 7,4 bilhões) ao redor de todo o planeta.

Comparado a anos anteriores, o valor é pequeno para meados de julho. Mas a situação já era previsível: a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) mudou completamente a dinâmica do Mercado da Bola global.

A primeira razão é que ela bagunçou o calendário internacional das grandes competições. Como nenhum campeonato importante da Europa começará entre o fim de julho e o começo de agosto, os clubes puderam adiar a montagem dos seus elencos.

Além disso, a paralisação do futebol (que variou entre dois e quatro meses, dependendo do país) machucou consideravelmente as finanças dos times. Com menos dinheiro, já era previsível que a quantidade e os valores envolvidos nas novas transferências despencassem.

Mesmo assim, ainda há um ou outro grande negócio sendo fechado. E o maior registrado nesta janela até o momento envolve um representante do único país pentacampeão mundial.

Por 72 milhões de euros (R$ 442,8 milhões), o meia brasileiro Arthur irá trocar o Barcelona pela Juventus a partir de 2020/2021. Mas só 12 milhões de euros (R$ 73,8 milhões) serão pagos em dinheiro pelo clube italiano.

O restante do valor equivale a uma "moeda de troca" usada na negociação: o meia bósnio Miralem Pjanic, que fará o caminho inverso ao do ex-jogador do Grêmio e desembarcará na Catalunha depois das férias de meio de ano.

Além de Arthur e Pjanic, apenas duas três transações já seladas ultrapassaram a barreira dos 50 milhões de euros (R$ 304,5 milhões): as compras dos direitos econômicos de Álvaro Morata, Timo Werner e Mauro Icardi por Atlético de Madrid, Chelsea e Paris Saint-Germain, respectivamente.

Mas os dois centroavantes já estavam emprestados às agremiações que defenderão na próxima temporada. Ou seja, mesmo com as transferências, continuarão vestindo suas camisas atuais.

No ano passado, o Mercado da Bola de junho/julho/agosto foi o maior da história do futebol e movimentou cerca de 7 bilhões de euros (R$ 42,6 bilhões, na cotação atual).

Ao contrário do que normalmente ocorre nos países do primeiro escalão da Europa, a janela de transferências desta vez não será fechada no fim de agosto. Inglaterra e França permitirão o registro de novos jogadores até meados de setembro. Já Alemanha, Itália, Portugal e Espanha estenderam os prazos para transações por um mês mais, até outubro.

Os dez reforços mais caros da janela de transferências

1 - Arthur (BRA, Juventus) - 72 milhões de euros
2 - Miralem Pjanic (BOS, Juventus) - 60 milhões de euros
3 - Álvaro Morata (ESP, Atlético de Madri) - 56 milhões de euros
4 - Timo Werner (ALE, Chelsea) - 53 milhões de euros
5 - Mauro Icardi (ARG, Paris Saint-Germain) - 50 milhões de euros
6 - Leroy Sané (ALE, Bayern de Munique) - 49 milhões de euros
7 - Achraf Hakimi (LD, Inter de Milão) - 40 milhões de euros
Hakim Ziyech (MAR, Chelsea) - 40 milhões de euros
9 - Giovani Lo Celso (ARG, Tottenham) - 32 milhões de euros
10 - Francisco Trincão (POR, Barcelona) - 31 milhões de euros
TOTAL DA JANELA: 1,2 bilhão de euros

Fonte: Transfermarkt

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que informado anteriormente, o jogador Miralem Pjanic e bósnio e não italiano. Além disso, ele joga na Juventus e não do Barcelona. O erro foi corrigido.