Como fracasso dos 3 reforços mais caros da história levou Barcelona à crise
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Após a derrota por 2 a 1 para o Osasuna, em pleno Camp Nou, nessa quinta-feira (16), e a perda do título espanhol para o Real Madrid, Lionel Messi deu uma forte entrevista em que criticou duramente o Barcelona pela queda de desempenho apresentada nos últimos anos.
A nítida queda no nível do futebol e nos resultados vistos na Catalunha está intimamente ligada à dificuldade mostrada pela diretoria culé em acertar na contratação de jogadores de alto nível para atuarem ao lado do craque argentino.
Desde 2017, quando perdeu Neymar para o Paris Saint-Germain e passou a sair às compras em busca de novos co-protagonistas para seu camisa 10, o Barça rompeu a casa dos 120 milhões de euros (R$ 733,2 milhões, na cotação atual) três vezes para adquirir novos reforços. E quebrou a cara em todas elas.
Juntos, Philippe Coutinho, Ousmane Dembélé e Antoine Griezmann, os três reforços mais caros de toda a história do clube da Catalunha, custaram 418 milhões de euros (mais de R$ 2,5 bilhões). Uma fortuna para o que produziram dentro de campo.
Os três falharam na missão de ajuda Messi a reerguer o Barça, perderam espaço entre os titulares, curtiram uma temporada no banco de reservas e irritaram a torcida pela sensação de (muito) dinheiro jogado fora.
Coutinho, contratado com rótulo de "maestro" e que só deu 11 assistências em 76 partidas, foi até liberado para jogar no Bayern de Munique na tentativa de recuperar o bom futebol. Mas o brasileiro também não agradou na Alemanha e dificilmente terá seu empréstimo renovado.
Só que o Barça tampouco tem interesse em tê-lo novamente no elenco. A solução deve ser encontrar algum time inglês disposto a contratá-lo (Arsenal ou Newcastle) e recuperar parte do valor investido em sua contratação ou usá-lo como "moeda de troca" por algum reforço.
Ser usado como parte do pagamento por um novo jogador também é a melhor perspectiva para Dembélé no Camp Nou. O atacante caiu em desgraça com a torcida devido ao excesso de problemas físicos e à falta de comprometimento com a carreira (seus atrasos ou ausências em treinos por ter virado a noite jogando videogame já entraram para o folclore do Barcelona).
Último a chegar no clube, Griezmann é quem ainda tem um pouco de crédito. Mesmo assim, ele está acabando. A primeira temporada do francês vestindo blaugrana passou bem longe do que se espera de um jogador que já foi finalista do prêmio de melhor do mundo: foram só 15 bolas nas redes e quatro passes para companheiros marcarem.
Atuando muitas vezes fora de posição, o camisa 17 não conseguiu repetir o futebol que mostrava com a camisa do Atlético de Madri e nem atender às necessidades táticas do técnico Quique Setién, que chegou a dizer que não era fácil escalá-lo sem "desestabilizar o time".
Com o vice-campeonato já assegurado, o Barcelona encerra amanhã, contra o Alavés, fora de casa, sua participação no Espanhol. Depois, terá 20 dias para se preparar para o confronto de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, ante o Napoli.
Lá em março, antes da paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o time de Messi empatou por 1 a 1 na primeira partida do mata-mata, disputada na Itália. Por isso, terá a vantagem do 0 a 0 no confronto marcado para 8 de agosto.
O vencedor do encontro entre Barça e Napoli pegará Chelsea ou Bayern de Munique nas quartas. Os catalães conquistaram pela última vez o mais badalado título interclubes do planeta em 2015.
PHILIPPE COUTINHO
Preço: 160 milhões de euros (2017/2018)
Jogos: 76
Gols: 21
Assistências: 11
OUSMANE DEMBÉLÉ
Preço: 138 milhões de euros (2017/18)
Jogos: 74
Gols: 19
Assistências: 17
ANTOINE GRIEZMANN
Preço: 120 milhões de euros (2019/20)
Jogos: 46
Gols: 15
Assistências: 4
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