Neymar pode ser eleito melhor do mundo com só 27 partidas na temporada?
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Neymar começa amanhã a trilhar a reta final do caminho que pode levá-lo ao sonhado prêmio de melhor jogador do planeta.
Caso elimine a Atalanta nas quartas de final da Liga dos Campeões, passe pelas semifinais e conduza o Paris Saint-Germain ao primeiro título europeu da história do clube, é bem possível que o camisa 10 encerre o jejum brasileiro de 13 anos no prêmio concedido pela Fifa.
Mas será justo que um jogador que não disputou nem 30 partidas oficiais (por seu clube) durante o período de um ano seja considerado o maior jogador do período?
A temporada 2019/2020 de Neymar teve até o momento só 24 jogos. Se ele alcançar a final da Champions, irá a campo no máximo mais três vezes. Ou seja, terminaria o "ano futebolístico" com 27 apresentações.
Na temporada anterior, Lionel Messi foi eleito o melhor do planeta depois de atuar em 50 partidas (só pelo Barcelona). Luka Modric, o craque de 2017/2018, precisou pisar no gramado vestindo o uniforme branco do Real Madrid em 43 oportunidades.
É claro que este ano foi atípico. Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Campeonato Francês, que Neymar disputa, foi encerrado com só 27 das 38 rodadas inicialmente previstas devidamente encerradas.
Mas, mesmo assim, o craque brasileiro jogou pouco. Ele participou de somente 52% dos compromissos do PSG na temporada. Foram nada menos que 22 jogos suspenso, machucado ou sendo poupado para evitar novos problemas físicos.
Os outros principais candidatos a serem escolhidos como craque do planeta na temporada foram bem mais consistentes e regulares que Neymar.
O polonês Robert Lewandowski atuou em 44 dos 49 jogos do Bayern de Munique e foi bem em praticamente todos eles. Já o meia belga Kevin de Bruyne disputou 47 partidas (de um total de 58) pelo Manchester City.
É claro que o prêmio de melhor do mundo precisa ser entregue ao atleta que melhor jogou bola ao longo da temporada. Ele é uma competição de qualidade de futebol e não de quantidade de partidas disputadas.
Mas, assim como a capacidade de brilhar em jogos decisivos, fatores como regularidade e consistência também precisam ser considerados nessa eleição. E, nessas questões, o camisa 10 do PSG ficou devendo.
Neymar já subiu ao pódio do prêmio de melhor do mundo em duas oportunidades. Em 2015 e 2017, ficou na terceira posição, atrás apenas de Messi e Cristiano Ronaldo. Já no ano passado, não figurou nem entre os dez jogadores que podiam ser votados.
Devido à pandemia do novo coronavírus, a Fifa não realizará sua tradicional cerimônia anual em que premia os maiores destaques do futebol mundial. No entanto, o troféu do "The Best" será entregue de forma virtual ao vencedor da eleição promovida pela entidade.
Já a outra premiação relevante de melhor do planeta, a Bola de Ouro, dada pela revista "France Football", resolveu que não terá um vencedor nesta temporada e deve voltar no próximo ano.
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