Como permanência de Messi pode minar revolução e atrapalhar futuro do Barça
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A decisão de Lionel Messi de cumprir seu contrato com o Barcelona até o fim e permanecer no clube até junho de 2021 deixou aliviada a maioria dos torcedores culés.
Só que a continuidade do camisa 10 no Camp Nou por mais um ano pode prejudicar profundamente o desejo da diretoria e do técnico Ronald Koeman de promover uma grande reformulação do elenco e construir um novo time mais competitivo.
Isso porque falta ao Barça dinheiro para mergulhar de cabeça no Mercado da Bola e atacar alvos desejados, jovens e, consequentemente, caros para voltar a fazer a equipe catalã ser temida no primeiro escalão europeu.
Apesar de ter lutado contra a saída de Messi, a diretoria blaugrana sabia que um possível adeus do craque representaria uma grande folga na folha salarial e também poderia render uma bela grana para ser investida em reforços de peso.
O camisa 10 argentino tem o maior salário do futebol mundial e recebe cerca de 40 milhões de euros (R$ 250,4 milhões) por temporada. Isso sem contar os vários bônus previstos no acordo, é claro.
Segundo o jornal catalão "Sport", o Manchester City chegou a pensar em oferecer 100 milhões de euros (R$ 626 milhões) e mais três jogadores (Eric García, Bernardo Silva e Gabriel Jesus) para ter Messi já nesta janela de transferências. A proposta, no entanto, não foi adiante.
O Barcelona tem feito uma "faxina" nos medalhões seu elenco para diminuir seu custo anual e levantar fundo para buscar as caras novas pedidas por Koeman. Só que as transações não têm gerado tanto dinheiro assim.
O meia croata Ivan Rakitic foi negociado de volta com o Sevilla por apenas 1,5 milhão de euros (R$ 9,4 milhões). O chileno Arturo Vidal pode ser liberado gratuitamente para assinar com a Inter de Milão. E a possível venda de Luis Suárez para a Juventus não deve render nem 5 milhões de euros (R$ 31,4 milhões).
Com a permanência de Messi, é pouco provável que o clube catalão tenha condições de tentar alvos mais ousados nesta janela de transferências, como os atacantes Sadio Mané, do Liverpool, e João Félix, do Atlético de Madri.
Provavelmente, terá de se contentar com nomes menos badalados no mercado internacional, como os holandeses Georginio Wijnaldum, também do Liverpool, e Memphis Depay, do Lyon, que já "deu errado" no Manchester United.
Além disso, deve encher seu elenco de meninos recém-saídos das categorias de base e de jogadores que estavam emprestados para equipes de menor expressão, como o volante brasileiro Matheus Fernandes (Valladolid) e o lateral esquerdo Juan Miranda (Schalke 04).
A menos que mude de ideia até lá, Messi deve deixar o Barcelona no fim da próxima temporada. Sua saída trará a redução na folha salarial, mas nenhum outro tipo de compensação financeira.
Em seu pronunciamento de "fico", o argentino deixou bem claro que optou por cumprir o contrato por não querer travar uma briga judicial contra o clube que defendeu durante toda sua carreira - o Barça exigia o pagamento da multa rescisória de 700 milhões de euros (R$ 4,3 bilhões) para que ele seguisse sua vida longe da Catalunha.
"Falei com o presidente [Josep María Bartomeu], e... bom, o presidente sempre dizia que no fim da temporada eu podia decidir se queria ir ou se queria ficar, e no fim ele acabou não cumprindo a palavra", afirmou o craque, em entrevista ao site "Goal".
A temporada 2020/2021 do Campeonato Espanhol começa na próxima sexta-feira. Provavelmente sem Messi, que ainda nem retornou aos treinos depois das férias pós-eliminação da Liga dos Campeões, o Barcelona estreia no sábado, contra o Elche.
A equipe catalã venceu seis das últimas oito edições da competição. No entanto, na mais recente, acabou vendo o troféu parar nas mãos do Real Madrid, que terminou cinco pontos à sua frente.
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