Como James superou fracasso no Real e virou ídolo instantâneo na Inglaterra
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O melhor time da Inglaterra neste início da temporada é de Liverpool, mas não veste vermelho, nunca venceu a Liga dos Campeões da Europa e já está sem conquistar um título relevante há 25 anos.
O Everton é a única das 20 equipes que disputam a Premier League que venceu os seis primeiros jogos (três pelo campeonato nacional e três pela Copa da Liga) que disputou em 2020/21.
E um dos maiores segredos do sucesso do time dirigido por Carlo Ancelotti é um meia que já foi tratado como um dos melhores jogadores do mundo, mas que caiu em desgraça no futebol europeu e acabou chegando de graça ao Goodison Park.
Aos 29 anos e com menos de um mês de Inglaterra, o colombiano James Rodríguez é o maestro da equipe que se tornou a sensação deste início de temporada na liga nacional mais badalada do planeta.
De acordo com o "WhoScored?", site especializado nas estatísticas do futebol europeu, o camisa 19 meteu uma bola nas redes, distribuiu uma assistência e deu nada menos que dez passes para seus companheiros finalizarem a gol só nas três primeiras rodadas da Premier League.
Além disso, organizou o setor de criação do Everton e ajudou a transformar os atacantes do time em verdadeiras máquinas de gol. O inglês Dominic Calvet-Lewin viu sua média de gols subir de 0,36 por partida na temporada passada para 1,6 na atual. O brasileiro Richarlison é outro que evoluiu: também saiu 0,16 tento por jogo e foi para 0,80.
"Se eles não fizerem 20 gols cada na temporada, terão problemas comigo. Acho que o James ajudará muito os atacantes a atingirem essa meta porque ele é fantástico nas assistências", afirmou Ancelotti, na semana passada.
Ídolo instantâneo no Everton, o colombiano não jogava tão bem justamente desde o período em que foi comandado pelo treinador italiano no Real Madrid, na temporada 2014/15, logo depois da Copa do Mundo em que foi "descoberto" pelo planeta.
Depois, James perdeu espaço no Real e passou a ser cada vez menos utilizado. Entre 2017 e 2019, atuou por empréstimo no Bayern de Munique e não conseguiu convencer a equipe bávara a colocar a mão no bolso para comprar seus direitos econômicos.
De volta a Madri, jogou só 14 partidas ao longo da temporada passada inteira. Fez um gol e deu duas assistências.
Apesar de ainda ter contrato, foi liberado pelo Real para assinar com o Everton sem o pagamento de nenhum tipo de indenização, uma prova de como o jogador já era tratado como um peça sem importância e sem valor de mercado pelos espanhóis.
Mas, neste início de passagem pelo novo clube, parece ter reencontrado seu futebol dos melhores tempos, o futebol que fez o próprio Real pagar 75 milhões de euros (quase R$ 500 milhões) pelo jogador, em 2014, e lhe dar a camisa 10.
A última vez que o Everton foi campeão foi em 1995, quando venceu a Copa da Inglaterra. Já sua participação mais recente na Liga dos Campeões data da temporada 2005/06, quando foi eliminado na terceira rodada da fase preliminar pelo Villarreal, da Espanha.
Os Toffees dividem a liderança da Premier League com Leicester e Liverpool, que também venceram nas três primeiras rodadas da competição. Amanhã, recebem o Brighton na tentativa de isolar na ponta.
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