Por onde andam os últimos 7 "professores" que ganharam a Copa do Mundo?
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No dialeto particular praticado por quem trabalha com futebol, professor não é aquela pessoa que fica na sala de aula, mas sim o técnico de uma equipe. E, realmente, não é difícil estabelecer um paralelo entre as duas carreiras.
Esses dois profissionais normalmente são mais velhos que seus alunos/jogadores e têm como missões principais ensiná-los algum conteúdo (matemática, história e tática) e orientá-los sobre como tomar as melhores decisões nos momentos em que elas forem necessárias.
Por isso, no Dia do Professor, o "Blog do Rafael Reis" homenageia os mestres que ficam à beira do campo tentando fazer seus atletas entenderem suas mensagens e mostra os paradeiros dos últimos sete técnicos que alcançaram o auge: o título de uma Copa do Mundo.
DIDIER DESCHAMPS
51 anos
Francês
Campeão mundial em 2018
Seleção francesa
Capitão do primeiro título mundial conquistado pela França (1998) e técnico do segundo (2018), o ex-volante se encontrou comandando os Bleus. Deschamps já está há oito anos à frente da seleção e também foi vice-campeão da última Eurocopa, em 2016. Apesar de muitas vezes ser criticado por não praticar o futebol vistoso que seu elenco cheio de estrelas (como Mbappé, Pogba e Griezmann) permitiria, os resultados obtidos pelo treinador são inquestionáveis. Deschamps tem contrato com a França até o fim da Copa do Mundo-2022, quando ainda terá apenas 54 anos. Ou seja, caso obtenha um bom resultado no Qatar, é bem possível que permaneça como o chefe francês por mais algum tempo.
JOACHIM LÖW
60 anos
Alemão
Campeão mundial em 2014
Seleção alemã
O técnico do tetracampeonato mundial germânico até teve alguns trabalhos como treinador em times expressivos do futebol europeu. No final dos anos 1990, Löw chegou a levar o Stuttgart até a final da antiga Copa da Uefa (1997/98) e dirigiu o Fenerbahçe, na Turquia. Mas só quando foi contratado pela seleção alemã, em 2004, realmente começou a mostrar ao mundo sua verdadeira capacidade. Foram dois anos como auxiliar de Jürgen Klinsmann e já são 14 temporadas comandando um dos países mais fortes do planeta. Löw teve alguns fiascos, é claro, como a vexatória eliminação na fase de grupos na Copa da Rússia-2018, mas também ganhou um título mundial e aplicou o histórico 7 a 1 sobre o Brasil na semifinal da Copa-2014.
VICENTE DEL BOSQUE
69 anos
Espanhol
Campeão mundial em 2010
Sem trabalho
Herdou o comando da Espanha de Luis Aragonés logo após a conquista da Eurocopa-2008 e construiu o trabalho mais consistente de uma seleção neste século. Com Del Bosque, a Roja não só faturou o primeiro título mundial de sua história, em 2010, como emendou mais um troféu continental, dois anos depois. Apesar da campanha abaixo da crítica no Mundial do Brasil, permaneceu no cargo até a Euro-2016, quando deixou o comando da Espanha e também o futebol profissional. Aposentado desde então, o ex-técnico tem sido uma voz importante nos projetos sociais que visam auxiliar os mais necessitados nesse período de pandemia de coronavírus (Covid-19).
MARCELLO LIPPI
72 anos
Italiano
Campeão mundial em 2006
Sem trabalho
Vencedor do Mundial da Alemanha com a seleção italiana, há 14 anos, Lippi ainda teve uma segunda passagem pela Azzzurra (entre 2008 e 2010) e depois foi atraído ao Oriente pelo pesado e caro projeto de popularização do futebol feito pela China. O italiano dirigiu durante três temporadas o Guangzhou Evergrande e o transformou na equipe mais poderosa do país. Na sequência, foi "promovido" ao comando da seleção chinesa. Mesmo depois de falhar na tentativa de levá-la à Rússia-2018, ganhou uma nova oportunidade e foi mantido na função. Só que em novembro do ano passado, depois de uma única derrota (para a Síria) nas eliminatórias da Copa do Qatar, perdeu a paciência e pediu demissão.
LUIZ FELIPE SCOLARI
71 anos
Brasileiro
Campeão mundial em 2002
Sem trabalho
O arquiteto da "Família Scolari" que conquistou o penta em 2002 foi o último treinador brasileiro a levantar a Copa do Mundo. Depois do sucesso com a seleção, teve uma carreira bem razoável na Europa, com uma boa passagem por Portugal e uma terrível experiência no Chelsea. Felipão ainda voltou a comandar o Brasil entre 2012 e 2014, quando seu currículo recebeu a mancha do 7 a 1. Seu último trabalho foi à frente do Palmeiras, clube pelo qual ganhou o título brasileiro de 2018. Nos últimos meses, chegou a ser especulado para comandar o Corinthians, mas os rumores não se concretizaram e ele continua desempregado.
AIMÉ JACQUET
78 anos
Francês
Campeão mundial em 1998
Sem trabalho
A última partida como treinador do francês que dirigiu Lyon, Bordeaux, Montpellier e Nancy entre as décadas de 1970 e 1990 foi justamente aquela que deu o primeiro título mundial aos Bleus. Logo depois de meter 3 a 0 na seleção brasileira e atingir o auge de sua carreira, Jacquet anunciou que jamais voltaria a comandar um time de futebol. E ele cumpriu à risca essa promessa. O ex-treinador ainda permaneceu por mais oito anos, até 2006, como diretor da Federação Francesa. Depois, decidiu se aposentar de vez e só raramente dá entrevistas ou faz aparições públicas.
CARLOS ALBERTO PARREIRA
77 anos
Brasileiro
Campeão mundial em 1994
Sem trabalho
Parreira trabalhou como treinador em nada menos que seis edições da Copa do Mundo e por cinco seleções diferentes. Campeão em 1994 com o Brasil, esteve à frente do escrete canarinho também em 2006. Além disso, dirigiu Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e África do Sul. Mas com nenhuma dessas equipes estrangeiras conseguiu passar da primeira fase (em 1998, chegou a ser demitido pelos sauditas durante a competição). Coordenador técnico da seleção em 2014, Parreira decidiu se aposentar do futebol depois do fiasco do 7 a 1 e hoje se dedica a um dos seus principais hobbies, a pintura.
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