Por onde andam os 7 últimos técnicos da seleção brasileira?
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Comandar a seleção é o sonho máximo de carreira para qualquer técnico brasileiro. Afinal, quem não gostaria de dirigir a única equipe nacional que já conquistou cinco títulos de Copa do Mundo?
Mas são poucos os treinadores que tiveram essa honra. Nos últimos 29 anos, apenas oito homens alcançaram esse tão desejado posto -Candinho, Antônio Lopes e Jorginho também dirigiram a seleção, mas como interinos ou substituindo o técnico titular.
O "Blog do Rafael Reis" relembra abaixo quem foram os sete mais recentes antecessores de Tite, que ocupa o cargo desde 2016, e mostra o que cada um deles anda fazendo da vida atualmente.
DUNGA
57 anos
O capitão do tetra teve duas passagens pela seleção. Entre 2006 e 2010, ganhou venceu a Copa América e a Copa das Confederações, mas parou nas quartas de final do Mundial da África do Sul. Dunga voltou ao cargo em 2014 e trabalhou mais dois anos para a CBF até ser demitido devido à eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário. Com exceção do período em que se dedicou à seleção, o ex-volante pouco trabalhou como técnico. Em 2013, dirigiu o Internacional, seu time de coração. E foi só. Recentemente, foi sondado para assumir o comando do Corinthians, mas as negociações não avançaram. Enquanto não retorna aos bandos de reservas, ele cuida da administração um instituto beneficente que leva o seu nome no Rio Grande do Sul.
LUIZ FELIPE SCOLARI
72 anos
Último treinador campeão mundial com a seleção, o comandante da equipe canarinho no penta, em 2002, deu uma queimada no currículo em 2014, quando levou 7 a 1 da Alemanha e se despediu de forma melancólica da Copa disputada aqui no Brasil. Mas Felipão é um dos treinadores brasileiros mais vitoriosos de todos os tempos, com títulos (todos no plural) de Libertadores, Série A e Copa do Brasil no histórico. Neste segundo semestre, aceitou um desafio um tanto quanto peculiar para alguém que já levantou tantas taças e está dirigindo o Cruzeiro na segunda divisão do Brasileiro. Com bons resultados desde que chegou a Belo Horizonte, já tirou o time da zona de rebaixamento.
MANO MENEZES
58 anos
Assumiu a seleção em 2010, após vitoriosas campanhas por Grêmio e Corinthians, e dirigiu o time da CBF durante dois anos. Mano caiu em 2012 e teve uma demissão um tanto quanto estranha, depois de ser medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e emendar uma série de bons resultados em amistosos. Após deixar a seleção, teve uma ótima fase no Cruzeiro (de 2017 a 2019), clube pelo qual ganhou dois títulos mineiros e dois da Copa do Brasil. Desde setembro, está à frente do Bahia. Os resultados, pelo menos até o momento, não têm sido tão positivos assim, e a equipe está rondando o grupo do descenso.
CARLOS ALBERTO PARREIRA
77 anos
Preparador físico na conquista de 1970, foi o técnico que acabou com o jejum de 24 anos da seleção brasileira em Copas do Mundo e faturou o tetra, em 1994. Teve uma segunda passagem pelo time canarinho entre 2003 e 2006, quando montou o "quadrado mágico", ganhou a Copa América, levantou o troféu da Copa das Confederações, mas decepcionou no Mundial. Parreira teve uma carreira bem mais ligada a seleções do que a clubes e dirigiu outros quatro países em Copas: Kuwait (1982), Emirados Árabes Unidos (1990), Arábia Saudita (1998) e África do Sul (2010). Coordenador técnico do Brasil em 2014, Parreira decidiu se aposentar do futebol depois do fiasco do 7 a 1 e hoje se dedica a um dos seus principais hobbies, a pintura.
EMERSON LEÃO
71 anos
O ex-goleiro teve uma passagem curta e bem polêmica pela seleção. Leão dirigiu o Brasil por apenas oito meses, de outubro de 2000 a junho de 2001, e convocou vários jogadores que causaram surpresa na opinião pública, como o volante Leomar e os meias Robert e Carlos Miguel. Depois de ficar só na quarta colocação na Copa das Confederações, acabou sendo substituído por Felipão. Leão ainda trabalhou durante mais uma década como técnico e chegou a ser campeão brasileiro com o Santos em 2002. Seu último trabalho no banco de reservas foi com o São Caetano, em 2012. Depois, arriscou-se como comentarista e foi diretor da Portuguesa. Fora do futebol, Leão também é fazendeiro e atua no setor do agronegócio.
VANDERLEI LUXEMBURGO
68 anos
Assumiu a seleção em 1998, impulsionado pelo sucesso que fez nas passagens por Bragantino, Palmeiras e Corinthians, e permaneceu à frente dela até os Jogos Olímpicos-2000. Seus anos no comando da equipe canarinho foram marcados pelas descobertas de que Luxemburgo adulterou sua idade e até a forma de escrever seu nome quando ainda era jogador. Após a passagem pela seleção, teve a honra de dirigir o Real Madrid e trabalhou em boa parte dos times mais poderosos do Brasil. Neste ano, retornou ao Palmeiras, clube onde obteve suas maiores conquistas, e foi novamente campeão paulista. Foi demitido em outubro, após uma sequência de maus resultados e sem mostrar futebol do nível que era esperado pela diretoria e por torcedores.
ZAGALLO
89 anos
Um dos grandes nomes da história do futebol, foi o técnico da seleção na conquista do tri, em 1970, e fez parte dos quatro primeiros títulos mundiais do Brasil. Logo depois do tetra, foi convidado pela CBF para assumir mais uma vez o comando do time nacional e passou quatro anos dirigindo Ronaldo, Romário e cia. Dessa passagem pela seleção, que terminou com a derrota na final da Copa-1998, o episódio mais lembrado é o grito de "vocês vão ter que me engolir" dado por Zagallo depois da vitória na Copa América de 1997. O rei do número 13 ainda trabalhou como coordenador técnico da CBF (e parceiro de Parreira) entre 2003 e 2006. Depois, aposentou-se do futebol. Hoje, a caminho de completar 90 anos, vive no Rio de Janeiro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.