Messi utilizou doping para crescer: verdade ou lenda?
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Lionel Messi é um dos maiores jogadores de futebol da história. Ao longo de 16 anos de carreira como profissional, virou o artilheiro máximo do Barcelona em todos os tempos, o recordista de prêmios de melhor do mundo (seis) e o segundo maior goleador que a Liga dos Campeões da Europa já viu.
Mas o astro argentino só conseguiu construir esse sucesso todo por que lá atrás, quando ainda era um adolescente, fez uso de doping para crescer e alcançar seu porte físico atual (1,70 m e 72 kg).
Pelo menos é essa a história que circula com força (e já há bastante tempo) nas redes sociais, principalmente entre os inúmeros haters que o camisa 10 do Barça acumulou durante sua trajetória nos gramados.
Mas será que realmente Messi utilizou uma substância proibida para viabilizar sua carreira como jogador profissional de futebol? Ou essa é apenas mais uma das várias lendas urbanas que tanto fazem sucesso no dia a dia do futebol, como seu quadro de autismo e a transexualidade de Marco Verratti, meia do PSG?
Não é novidade para ninguém que o camisa 10 teve sérios problemas de crescimento na infância (aos 11 anos, sua altura era de apenas 1,32 m) e precisou se submeter a um tratamento para alcançar uma estatura mais mediana.
Esse, inclusive, foi um dos motivos pelos quais a família de Messi decidiu se mudar para a Espanha no final da década de 1990. Afinal, seus pais não tinham recursos para bancar o tratamento do filho (US$ 900 por mês, ou cerca R$ 4.800, na cotação atual), e o Barcelona se ofereceu a custeá-lo.
Durante quatro anos, o meia-atacante recebeu injeções diárias de um composto à base do hormônio do crescimento chamado levotiroxina, que age no organismo de forma semelhante à tireoide.
Portanto, Messi se dopou, certo?
Não é bem assim. O remédio que o astro argentino utilizou não aparece na lista das substâncias proibidas da WADA (Agência Mundial Antidoping), ao contrário de outros tipos de hormônio do crescimento, como GH, sermorelina e tesamorelina.
A levotiroxina, aliás, é até mais utilizada como repositor hormonal para quem sofre de hipotireoidismo. E mesmo jogadores de futebol ou atletas de outro esporte podem utilizá-lo sem nenhuma restrição da agência.
Ou seja, apesar de realmente ter sido submetido a um tratamento para crescer e atingir sua altura atual, Messi (até onde se sabe) jamais fez uso de alguma espécie de doping. Ou seja, seu sucesso nos gramados é 100% legal e não foi influenciado por nenhuma substância proibida.
A atual temporada o craque não tem sido tão boa quanto o padrão que ele construiu ao longo da carreira. Em dez partidas pelo Barcelona em 2020/21, o camisa 10 marcou seis gols (cinco em cobranças de pênalti) e distribuiu quatro assistências.
Sem seu principal jogador tão inspirado quanto de costume, o clube catalão tem sofrido. No Campeonato Espanhol, ocupa apenas a oitava colocação e já está nove pontos atrás da líder, Real Sociedad.
Para piorar, o próximo compromisso não tem nada de tranquilo. No sábado, o camisa 10 vai à capital para enfrentar o Atlético de Madri. Três dias depois, a viagem é para a Ucrânia, onde confronta o Dínamo de Kiev, na abertura do returno da fase de grupos da Champions.
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