Mais velho da história, melhor do mundo premia "terceira idade do futebol"

Cristiano Ronaldo nasceu em fevereiro de 1985. Lionel Messi veio ao mundo em junho de 1987. Robert Lewandowski é um pouco mais novo, mas nem tanto: passou a existir em agosto de 1988.

Com três finalistas que já entraram (e não foi ontem) na casa dos 30 anos, uma espécie de "terceira idade" para os jogadores de futebol, o prêmio de melhor do planeta, que será entregue hoje pela Fifa, nunca foi tão velho.

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Independente da ordem da premiação, o pódio desta edição terá média de idade de 33,9 anos, a mais alta desde que as eleições organizadas pela entidade que gere o futebol do planeta começaram a ser realizadas, em 1991.

Um recorde já foi quebrado. Com 35 anos e 10 meses, Cristiano Ronaldo já é o jogador mais velho a aparecer na relação dos finalistas do prêmio, que já foi "Melhor do Mundo", "Bola de Ouro da Fifa" e agora é "The Best".

Outra marca histórica de longevidade vai cair se Lewandowski não confirmar o favoritismo e levar pela primeira vez na carreira o troféu para casa.

Caso sejam eleitos, CR7 ou Messi (33 anos e 5 meses) eles superarão o ex-zagueiro italiano Fabio Cannavaro, campeão da eleição de 2006 aos 33 anos e 3 meses. Com isso, um deles se tornará o melhor do planeta mais velho de todos os tempos.

Aliás, o envelhecimento da eleição da Fifa está intimamente ligado ao passar dos anos para a dupla que domina o prêmio. acumula nada menos que 11 conquistas (seis do argentino e cinco do português) e insiste em continuar na briga, mesmo com idade já avançada.

Em 2007, quando ambos foram finalistas pela primeira vez, o pódio de melhor do mundo teve sua média de idade mais baixa: 23 anos. Desde então, ele vem se tornando progressivamente mais idoso. Na temporada passada, bateu o recorde de longevidade (31,7 anos). Nesta, a marca foi para o espaço de novo.

Com a longa permanência de Messi e CR7 entre os indicados, até hoje nenhum atleta nascido nos anos 1990 conseguiu vencer o prêmio. E apenas quatro, o holandês Virgil van Dijk e o francês Antoine Griezmann (1991), além de Neymar e o egípcio Mohamed Salah (1992), chegaram ao pódio.

A última vez que a eleição promovida pela Fifa com técnicos, capitães e seleções de todos os países filiados à entidade (acrescida de votos de torcedores) premiou como vencedor um jogador com menos de 30 anos foi em 2015, quando Messi, então com 27 anos, levou a melhor.

Desde então, só trintões levantaram a cobiçada taça. E, com a premiação mais velha da história, não será diferente.

Vale lembrar que a cerimônia deste ano será diferente. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, não haverá aquela luxuosa tradicional festa de premiação, e os vencedores serão anunciados virtualmente, pela internet.

Média de idade - finalistas do melhor do mundo

2020 - 33,9 anos
2019 - 31,7 anos
2018 - 31 anos
2017 - 29,6 anos
2016 - 29,1 anos
2015 - 27,8 anos
2014 - 28,8 anos
2013 - 28,7 anos
2012 - 27,4 anos
2011 - 27,8 anos
2010 - 27 anos
2009 - 25,7 anos
2008 - 23,4 anos
2007 - 23 anos
2006 - 31,5 anos
2005 - 26 anos
2004 - 26,8 anos
2003 - 28,3 anos
2002 - 30,1 anos
2001 - 26,7 anos
2000 - 28,4 anos
1999 - 27,4 anos
1998 - 26,6 anos
1997 - 24,8 anos
1996 - 26,7 anos
1995 - 29,3 anos
1994 - 28,5 anos
1993 - 26,4 anos
1992 - 27,2 anos
1991 - 30 anos