"Inimigo número 1 de Neymar" esquece astro e foca em carreira de treinador
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No fim do ano passado, Neymar foi detonado nas redes sociais e pela imprensa brasileira e do exterior depois da divulgação da informação de que ele pretendia ignorar a pandemia da Covid-19 e realizar uma festa de Reveillón para 500 pessoas.
Mas o homem que é conhecido mundialmente como "inimigo número 1" do craque brasileiro e que tradicionalmente comenta todos os deslizes dados em campo ou fora das quatro linhas pelo camisa 10 do Paris Saint-Germain não falou nem escreveu um "a" sobre o tema.
O mesmo aconteceu quando o atacante não foi indicado à finalista do The Best, também em dezembro, e resolveu ironizar o prêmio de melhor jogador do mundo que é entregue anualmente pela Fifa.
Não que Joey Barton tenha se tornado um fã do atleta mais caro da história do futebol. Mas o ex-meia inglês que defendeu Manchester City, Newcastle e Olympique de Marselha decidiu parar de pegar tanto no pé de Neymar.
E o principal motivo foi que o ex-jogador decidiu concentrar seus esforços na carreira de treinador. Barton passou dois anos e meio dirigindo o Fleetwood Town, clube da terceira divisão da Inglaterra, e deixou o cargo na última segunda-feira.
De acordo com o jornal "Daily Mail", a queda não foi motivada pelos resultados da equipe, que ocupa a décima posição no campeonato e está na briga pelo acesso à segundona, mas, sim, por uma desavença entre o técnico e o atacante Ched Evans, um dos principais nomes do clube.
Os dois entraram em conflito no mês passado. Barton não gostou de uma brincadeira feita pelo centroavante durante um treino e decidiu afastá-lo da equipe. A diretoria inicialmente apoiou o treinador. Só que depois interveio na crise, o que acabou gerando a mudança na comissão técnica.
O emprego no Fleetwood Town foi o primeiro da carreira de treinador de Barton, que tem 38 anos, pendurou as chuteiras em 2017 e assumiu o cargo já na temporada seguinte.
Durante o período que trabalhou no clube, o inglês deu uma amenizada em seu passatempo preferido: criticar Neymar. Em agosto passado, ele até chegou a dizer não ter ficado impressionado com a atuação do brasileiro na reta final da Liga dos Campeões e que o astro não faz parte do grupo de cinco melhores jogadores do planeta.
Mas nada perto do que fazia antes de se tornar treinador. Quando ainda estava em atividade como atleta, o ex-meia frequentemente usava as redes sociais para detonar o brasileiro por supostamente ser pouco produtivo em campo e exagerar nas simulações de falta.
A vida de popstar que o camisa 10 leva era outro motivo de irritação para Barton. Em seu livro, o inglês chamou Neymar de "Justin Bieber" do futebol e disse que ele só era brilhante no YouTube.
Depois, a comparação mudou, mas continuou no mundo das celebridades. "Eu acho que ele é a Kim Kardashian do futebol. Neymar, mais do que um fenômeno do futebol, é um fenômeno publicitário, como as Kardashians", disse.
As frequentes provocações ao principal jogador brasileiro de sua geração não são a única polêmica no currículo de Barton. Pelo contrário, sua história é repleta de confusões e frases de efeito.
Quando jogador, o inglês abandonou o estádio durante uma partida do seu time por não concordar com a reserva, apagou um charuto no olho de um companheiro de clube, mostrou as nádegas para torcedores, foi preso duas vezes por agressões, chamou Zlatan Ibrahimovic de narigudo e disse que o zagueiro brasileiro Thiago Silva estava gordo.
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