Como Messi deixou de ser "bonzinho" para viver sua fase mais indisciplinada
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Lionel Messi é o típico jogador "bonzinho". Ele apanha sem parar dos seus marcadores, mas se levanta a cada nova falta, por mais dura que seja, sem se preocupar em reclamar com a arbitragem ou revidar pela agressão sofrida.
Durante a maior parte da carreira, foi essa a imagem que acompanhou o craque argentino.
Mas o cartão vermelho recebido pelo camisa 10 na derrota por 3 a 2 para o Athletic Bilbao, domingo (17), na final da Supercopa da Espanha, sua primeira expulsão em 17 temporadas como profissional do Barcelona, escancarou que esse "bom moço" ficou lá no passado.
Aos 33 anos, revoltado com a falta de resultados do clube catalão e em meio a incertezas sobre seu futuro nos gramados, Messi vive a fase mais indisciplinada de sua carreira. Só em 2020/21, ele já recebeu três cartões amarelos e um vermelho.
Levando em consideração que cada expulsão equivale a duas advertências, o astro jamais foi tão punido pelos árbitros. Na atual temporada, ele recebeu uma média de 0,22 cartão por jogo disputado pela equipe catalã.
Até então, a temporada mais indisciplinada do argentino havia sido a 2016/17, quando ele foi penalizado nove vezes ao longo de 52 partidas. Na média, isso significou 0,17 advertência por apresentação.
Mas já houve épocas em que Messi esteve muito zen. Em 2012/13, ele recebeu apenas dois amarelos ao longo de 50 apresentações (0,04 por partida).
A fase mais "bad boy" da carreira do camisa 10 não aparece apenas nos cartões recebidos em campo. Fora das quatro linhas, ele também está cada vez mais combativo e feroz nas declarações que dá a imprensa.
No ano passado, Messi, que quase nunca falava com jornalistas, deu fortes declarações expondo sua indignação com a gestão do presidente Josep Maria Bertomeu, que acabou renunciando, mostrou descontentamento com a falta de resultados do time e anunciou sua intenção de ir embora do Barça ao término do atual contrato, em junho.
Contra o Athletic Bilbao, o argentino foi expulso já no minuto final do segundo tempo da prorrogação após deixar a mão no rosto do atacante Asier Villalibre. O jogador pode pegar até quatro partidas de suspensão, mas a diretoria culé entrou com um recurso para tentar anular o cartão por considerá-lo uma decisão equivocada da arbitragem.
Antes do vermelho recebido na Supercopa, Messi só havia sido expulso em duas partidas pela seleção argentina. Em 2005, logo em sua estreia pelo time adulto albiceleste, ele durou 44 segundos em campo antes de ser punido pelo juiz por uma suposta agressão.
Na Copa América-2019 aconteceu a segunda expulsão. Ele se despediu da competição ainda no primeiro tempo da disputa pelo terceiro lugar, contra o Chile, depois de trocar empurrões com o volante Gary Medel.
Apesar dos trancos e barrancos vividos desde a metade final da temporada passada, o Barcelona ainda ocupa a terceira colocação do Campeonato Espanhol. Com 18 rodadas disputadas, soma 34 pontos, sete a menos que o líder, Atlético de Madri, que, no entanto, tem duas partidas a mais pela frente.
A equipe de Messi volta a campo na quinta-feira (21), em um daqueles jogos em que tropeços são "proibidos". O adversário pela terceira fase da Copa do Rei é o modesto Cornellá, que joga apenas a terceira divisão local.
Messi, o indisciplinado?
2020/21 - 22 jogos, 3 cartões amarelos, 1 cartão vermelho
2019/20 - 44 jogos, 7 cartões amarelos
2018/19 - 50 jogos, 3 cartões amarelos
2017/18 - 54 jogos, 7 cartões amarelos
2016/17 - 52 jogos, 9 cartões amarelos
2015/16 - 49 jogos, 5 cartões amarelos
2014/15 - 57 jogos, 6 cartões amarelos
2013/14 - 46 jogos, 3 cartões amarelos
2012/13 - 50 jogos, 2 cartões amarelos
2011/12 - 60 jogos, 9 cartões amarelos
2010/11 - 55 jogos, 4 cartões amarelos
2009/10 - 53 jogos, 6 cartões amarelos
2008/09 - 51 jogos, 4 cartões amarelos
2007/08 - 40 jogos, 4 cartões amarelos
2006/07 - 36 jogos, 4 cartões amarelos
2005/06 - 25 jogos, 2 cartões amarelos
2004/05 - 9 jogos, nenhum cartão
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