Líder do Palmeiras, Gómez "renasceu" após temporada de 10 minutos na Europa
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Capitão do Palmeiras durante a maior parte da campanha na Libertadores 2020, que será decidida neste sábado (30), contra o Santos, no Maracanã, o zagueiro paraguaio Gustavo Gómez é uma das unanimidades da equipe comandada por Abel Ferreira e provavelmente estará na seleção de melhores jogadores da competição.
Mas a carreira do jogador paraguaio de 27 anos nem sempre foi tão gloriosa assim. E é apenas por isso que hoje ele está no futebol brasileiro, e não na Europa.
Gómez teve a oportunidade que todo atleta sul-americano deseja, a de se mandar para o Velho Continente e atuar por um clube famoso globalmente, em 2016, quando foi campeão argentino pelo Lanús e chamou a atenção do Milan.
A tradicional equipe italiana desembolsou 9,5 milhões de euros (R$ 62,4 milhões, na cotação atual) pelo defensor. E se arrependeu amargamente de cada centavo investido nessa contratação.
O paraguaio chegou a San Siro em um momento difícil, com o clube em estado de decadência e apequenando-se temporada após temporada. Sua missão era tentar ajudar o time a entrar nos trilhos. Não deu.
Na primeira temporada pelo Milan, Gómez até que jogou bastante. Foram 19 partidas disputadas, 18 delas no Campeonato Italiano. Em 12 oportunidades, foi escalado como titular. E até chegou a quebrar o galho do técnico Vincenzo Montella ao atuar como lateral direito em uma emergência.
Depois da virada da temporada, o cenário desandou de vez para o zagueiro. Com a chegada de nomes fortes da sua posição, como Leonardo Bonucci e Mateo Musacchio, ele deixou de fazer parte do rodízio de jogadores escalados e, muitas vezes, ficou fora até do banco de reservas.
Quando o Palmeiras surgiu com a oportunidade de trazer Gómez de volta à América do Sul, em 2018, o paraguaio estava há quase nove meses sem ir a campo no futebol de clubes e havia encerrado a temporada europeia com só uma partida disputada - atuou durante dez minutos de um compromisso da fase de grupos da Liga Europa.
Inicialmente, o paraguaio assinou contrato de empréstimo por dois anos. Menos de 12 meses depois, o clube brasileiro já aproveitou a cláusula de compra existente no acordo e adquiriu seus direitos econômicos.
Pelo Palmeiras, Gómez foi campeão brasileiro de 2018 e conquistou o título paulista do ano passado. Na atual edição da Libertadores, disputou todos os 12 jogos da campanha e marcou dois gols (contra Tigre e Libertad). Ele assumiu a braçadeira de capitão depois da lesão de Felipe Melo, ainda na fase de grupos, e não a largou mais.
A final deste sábado será a terceira entre dois times brasileiros. Em 2005, na primeira vez que isso aconteceu, o São Paulo derrotou o Athletico-PR. No ano seguinte, os paulistas alcançaram novamente a decisão, mas foram batidos pelo Inter.
O vencedor da Libertadores 2020 não terá tempo para descanso e precisará viajar quase que imediatamente para o Qatar. Afinal, o Mundial de Clubes da Fifa começa em 4 de fevereiro, e Palmeiras ou Santos estreiam no dia 7, contra o vencedor do confronto entre o mexicano Tigres e o sul-coreano Ulsan Hyundai.
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