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7 técnicos estrangeiros desempregados para trabalhar no Brasil neste ano
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O São Paulo anunciou durante a última semana que o ex-centroavante argentino Hernán Crespo será o seu técnico na próxima temporada. A chegada de um mais estrangeiro ao banco de reservas de um grande clube brasileiro está longe de ser uma surpresa.
Depois do sucesso feito pelo português Jorge Jesus à frente do Flamengo em 2019 e da conquista da Libertadores-2020 por Abel Ferreira no Palmeiras, a tendência é que os times do futebol pentacampeão mundial invistam cada vez mais em treinadores oriundos de outros países.
O "Blog do Rafael Reis" resolveu dar uma forcinha nesta tendência e apresenta logo abaixo sete gringos que estão sem clube no momento e que seriam ótimas opções para trabalhar nos nossos clubes neste ano.
ANDRÉ VILLAS-BOAS
Português
43 anos
O português foi um dos primeiros nomes especulados para substituir Fernando Diniz, já que a troca no comando do São Paulo meio que coincidiu com sua saída do Olympique de Marselha, time que treinava há uma temporada e meia. Ex-auxiliar de José Mourinho, Villas-Boas teve um início de carreira brilhante como treinador. Com só 33 anos, foi campeão português pelo Porto e descolou uma transferência para o Chelsea, um dos clubes mais poderosos do Campeonato Inglês, a liga nacional mais rica do mundo. Só que o luso não foi muito mais além disso. Ao longo da última década, teve um bom trabalho no Zenit São Petersburgo e resultados pouco expressivos no Tottenham, no Shanghai SIPG e no OM. Pela diminuição do seu mercado na Europa (e também por já ter admitido interesse de trabalhar no Brasil), Villas-Boas é um nome que merece estar no radar dos clubes daqui.
GUILLERMO BARROS SCHELOTTO
Argentino
47 anos
Ex-atacante que marcou época com a camisa do Boca Juniors na virada da década de 1990 para os anos 2000, o argentino já tem pelo menos dois trabalhos expressivos no currículo. Em 2013, foi campeão da Copa Sul-Americana treinando o modesto Lanús. Já no Boca, onde trabalhou entre 2016 e 2018, foi duas vezes campeão nacional e conseguiu ser vice da Libertadores. Cotado até mesmo para treinar a seleção argentina, Barros Schelotto preferiu se mudar para o Los Angeles Galaxy e ganhar dinheiro na MLS norte-americana. A experiência durou quase dois anos, e ele está desempregado desde outubro. Ao contrário da maioria dos bons técnicos da nova geração argentina, o ex-atacante é adepto de um futebol mais reativo: isso significa que seus times raramente propõem o jogo e preferem contra-atacar a dominar as ações.
LEONARDO JARDIM
Português
46 anos
Velho desejo do futebol brasileiro, chegou a ser especulado no ano passado pelo Flamengo e também recebeu sondagens de Palmeiras e São Paulo. O português viveu o melhor momento de sua carreira na temporada 2016/2017, quando, à frente do Monaco, interrompeu a sequência de títulos franceses do Paris Saint-Germain, alcançou as semifinais da Liga dos Campeões da Europa e revelou um tal de Kylian Mbappé. Desempregado desde o fim de 2019, recusou o Fla em julho por acreditar que teria propostas mais vantajosas da Europa. Só que essas ofertas até hoje não chegaram, o que pode possibilitar uma investida futura de algum clube brasileiro para contratá-lo.
SEBASTIÁN BECCACECE
Argentino
40 anos
Antigo escudeiro de Jorge Sampaoli, o argentino passou boa parte da sua carreira como auxiliar do hoje treinador do Atlético-MG e foi às duas últimas Copas do Mundo nessa situação. Agora em voo solo, já trabalhou na Universidad de Chile, no Defensa y Justicia, no Independiente e no Racing, time que dirigiu no ano passado e pelo qual alcançou as quartas de final da Libertadores. No fim de dezembro, anunciou que não permaneceria em Avellaneda e que buscaria um novo desafio profissional em 2021. Beccacece chegou a ser avaliado pela diretoria são-paulina e está na lista de treinadores cotados para comandar o Santos. Pelo DNA "sampaolista" que tem feito sucesso por aqui e também por não ser um nome dos mais caros, é bem provável que apareça em breve no futebol brasileiro.
BRUNO LAGE
44 anos
Português
Mais um nome da escola portuguesa que tem ganhado cada vez mais espaço no futebol mundial, Lage dirigiu o Benfica de janeiro de 2019 até junho do ano passado. Apesar da queda de desempenho no pós-quarentena que fez com que ele pedisse demissão (abrindo espaço para a volta de Jesus à Lisboa), o jovem treinador teve um trabalho para lá de positivo no estádio da Luz. Em sua primeira temporada na equipe adulta, Lage foi campeão português e também revelou João Félix, que se tornou a maior venda da história do Benfica. Apesar de só ter tido experiência em um clube, é um nome bem interessante, principalmente para quem deseja investir em talentos vindos das categorias de base.
GERMÁN BURGOS
51 anos
Argentino
Se o objetivo do seu time é fortalecer a defesa e jogar por "uma bola", uma ótima opção no mercado pode ser apostar no ex-goleiro argentino. Burgos jamais trabalhou como treinador, mas passou os nove anos sendo o braço direito de Diego Simeone, o aclamado técnico do Atlético de Madri, que arma um sistema de marcação como ninguém no mundo. O ex-assistente resolveu romper a parceria com Cholo no fim da temporada passada porque deseja se lançar em voo solo. Ou seja, ele só está à espera de um primeiro convite interessante para estrear na nova carreira. Credenciais para se dar bem ele tem.
VÍTOR PEREIRA
52 anos
Português
Formado em clubes pequenos do futebol português, despontou para a fama durante as duas temporadas, ambas com a conquista do título nacional, em que dirigiu o Porto. A partir de 2013, começou a rodar pelo exterior. Vítor Pereira trabalhou na Arábia Saudita (Al-Ahli), na Grécia (Olympiacos), na Turquia (Fenerbahce), na Alemanha (1860 Munique) e passou os últimos três anos na China, onde dirigiu Oscar e Hulk no Shanghai SIPG. Com experiência em países das mais variadas culturas futebolísticas, Vítor Pereira não deve ter dificuldades para se adaptar ao Brasil, o que torna sua contratação ainda mais interessante.
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