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Como ex-Palmeiras ganhou fama de gigante e virou "rei do gol" no Japão
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Campeão brasileiro de 2016 pelo Palmeiras, Leandro Pereira é chamado de "Banana" por seus amigos de infância de Araçatuba, no interior do Estado de São Paulo. Mas, morando no Japão desde 2019, ele bem que merecia agora um outro apelido: "Gigante".
Com 1,90 m, o atacante de 29 anos tem aproveitado a altura acima da média para os padrões nipônicos para viver uma das melhores fases de sua carreira como jogador profissional de futebol.
O jogador foi o terceiro colocado na artilharia do Campeonato Japonês na temporada passada. O sucesso com a camisa do Sanfrecce Hiroshima lhe rendeu uma transferência para o Gamba Osaka, atual vice-campeão nacional.
"O tamanho realmente tem feito muita diferença por aqui. Os zagueiros japoneses normalmente têm entre 1,75 m e 1,80 m. Poucos são os que passam dessa estatura. Então, tenho levado vantagem na bola aérea. É algo que está ajudando bastante o meu jogo", afirmou, em entrevista por telefone ao "Blog do Rafael Reis".
Dos 15 gols anotados por Leandro Pereira na última edição do Japonês, quatro nasceram de cabeçadas suas. Mas nem o atacante sabe dizer quantas vezes finalizou contra a meta ou preparou jogadas para os seus companheiros concluírem a gol depois de levar vantagem por cima em um cruzamento.
"É por isso que eles contratam tantos camisas 9 de outros países. Como o biotipo médio dos asiáticos não é muito alto e forte, eles buscam essas características em outros países. É algo que eles começaram a fazer há alguns anos e que têm dado muito certo."
Em 2020, os três principais artilheiros da elite japonesa foram gringos. O queniano Michael Olunga, do Kashiwa Reysol, marcou 28 vezes e ficou com o prêmio. O brasileiro Everaldo, do Kashima Antlers, terminou em segundo, com 18 bolas nas redes. E Leandro Pereira fechou o pódio.
Mas, apesar da boa fase no Japão, o atacante, que também vestiu as camisas de Sport e Chapecoense, além de ter atuado na Bélgica (Club Brugge), não acha que foi tão simples assim se acostumar ao futebol nipônico.
Afinal, apesar de ele possuir um porte físico avantajado, os japoneses cobram muito mais dele do que ficar dentro da área esperando que chuveirinhos dos laterais ou atacantes de lado de campo.
"A adaptação foi um pouco complicada. O jogo aqui é muito dinâmico, especialmente para alguém da minha posição. Eles exigem do centroavante bem mais movimentação e ajuda na marcação do que os times brasileiros", explica.
Mas, uma vez adaptado, Leandro Pereira não pensa em deixar o Japão tão cedo. Sua ideia é cumprir neste ano o contrato com o Gamba Osaka e depois de descolar um novo acordo mais longo, válido por algumas temporadas.
"O Japão é um país muito bom para se viver e jogar. Meu plano é ficar por aqui até os 34 anos. Depois sim quero voltar ao Brasil", completou.
A temporada 2021 da J-League, a primeira divisão nipônica, estreou na última sexta-feira. O Gamba Osaka, novo time de Leandro Pereira, foi derrotado por 1 a 0 pelo Vissel Kobe, do astro espanhol Andrés Iniesta, na primeira rodada.
O atual campeão japonês é o Kawasaki Frontale, que conta com os brasileiros Jesiel, João Schmidt e Leandro Damião. Além dele e do Gamba, Nagoya Grampus e Cerezo Osaka também representam o país na Liga dos Campeões da Ásia.
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