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Projeto Valladolid patina, e Ronaldo Fenômeno corre risco de rebaixamento
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Depois de dois meses de seca, o Valladolid voltou a vencer uma partida no Campeonato Espanhol. Mas o 2 a 1 sobre o Getafe, no último sábado, não aliviou muito a situação do clube que pertence e é presidido pelo ex-atacante brasileiro Ronaldo.
O Fenômeno, que passou a carreira inteira nos gramados marcando gols importantes e conquistando os mais variados títulos, agora corre risco de sentir pela primeira vez o amargo gosto do rebaixamento.
Por enquanto, o time está fora do grupo do descenso. Com 25 pontos conquistados em 26 rodadas, ocupa a 16ª colocação da La Liga e tem três pontos de vantagem para o Eibar, 18º na tabela e primeira equipe rebaixada neste momento.
Só que essa pequena folga não é suficiente para deixar aliviado um dos melhores camisas 9 da história. Isso porque o Valladolid só venceu dois dos últimos 13 jogos que disputou na competição e passou mais da metade das rodadas desta temporada no grupo dos times que vão para a segunda divisão.
A falta de bons resultados dentro de campo mostra como o projeto esportivo comandado pelo Fenômeno não tem conseguido evoluir. Desde que o brasileiro virou sócio majoritário do clube, em 2018, a equipe do uniforme roxo e branco caminha em círculos.
Na primeira temporada da "era Ronaldo", o Valladolid terminou justamente na 16ª posição e se livrou do descenso por quatro pontos. Em 2019/20, o sufoco foi menor: o time foi o 14º colocado e teve seis pontos de vantagem para os rebaixados. Agora, a situação crítica do ano de estreia está de volta.
O ex-atacante é proprietário de 73% das ações do clube e gastou pelo menos 40 milhões de euros (R$ 273,7 milhões) para assumir seu controle.
Parte desse dinheiro começou a ser recuperado a partir de dezembro do último ano, quando Ronaldo passou a receber um salário mensal por ocupar o cargo de presidente da agremiação, decisão que gerou uma certa polêmica na Espanha.
De acordo com o jornal "As", o projeto inicial do Fenômeno era conseguir estabilizar o Valladolid na primeira divisão para, em um segundo momento, transformá-lo em um time capaz de disputar competições europeias.
Mesmo com os resultados não evoluindo na velocidade que o herói do pentacampeonato mundial da seleção brasileira esperava, o dirigente Ronaldo tem optado pela estabilidade. O técnico do time, o ex-meia Sergio González, é o mesmo desde o início da gestão.
Sem muito dinheiro em caixa, o Valladolid tem usado da criatividade para se reforçar. O elenco atual conta com quatro jogadores emprestados por outros clubes, e cinco dos dez reforços contratados nesta temporada estavam sem contrato e, por isso, chegaram de "graça".
Todo o dinheiro investido na chegada de caras novas nas duas últimas janelas de transferências saiu da venda de um único jogador, o zagueiro ganense Mohammed Salisu, negociado com o Southampton por 12 milhões de euros (R$ 81,9 milhões). Ou seja, Ronaldo não precisou bancar nenhum reforço com dinheiro saído diretamente do seu bolso.
Em meio à ferrenha luta para se manter na elite espanhola, o Valladolid visita no sábado o Osasuna, que ocupa a 13ª colocação. Lá na parte de cima da tabela, Atlético de Madrid (62 pontos), Barcelona (56) e Real Madrid (54) brigam pelo título.
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