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Por onde andam 7 ídolos estrangeiros da história do São Paulo
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O futebol brasileiro não é exclusividade de jogadores brasileiros. Cada vez mais, os clubes do país pentacampeão mundial enchem seus elencos de argentinos, uruguaios, paraguaios, colombianos e, de vez em quando, até trazem um ou outro reforço europeu.
Ainda que essa tendência tenha se aprofundado nos últimos anos, não é de hoje que os times daqui buscam em outros países atletas com qualidade para deixar os seus times mais poderosos.
Todo grande clube do Brasil conta com alguns ídolos que nasceram em outras partes do mundo. E, desde o começo de março, o "Blog do Rafael Reis" tem resgatado esses nomes e mostrado o que eles andam fazendo da vida hoje em dia.
Depois de mostrar, na semana passada, os paradeiros de sete jogadores estrangeiros que se tornaram ídolos do Palmeiras, hoje é o dia de fazer o mesmo com o São Paulo. Em maior ou menor escala, todos eles marcaram época com a camisa tricolor do Morumbi.
DIEGO LUGANO
Ex-zagueiro
40 anos
Uruguaio
Um dos maiores líderes que o São Paulo produziu neste século, o ex-zagueiro fez parte do elenco que foi campeão da Libertadores e Mundial em 2005. Após uma longa carreira na Europa, com passagens por Paris Saint-Germain, Inglaterra, Espanha e Fenerbahce, além da disputa de duas Copas do Mundo (2010 e 2014), retornou ao Morumbi em 2016 para encerrar a trajetória nos campos. Depois de pendurar as chuteiras, virou dirigente do clube e continuou por lá até o começo deste ano. Com a chegada de Julio Casares à presidência, Lugano deixou a rotina são-paulina e assinou com o Grupo Disney para ser comentarista de futebol da ESPN e da Fox Sports.
PABLO FORLÁN
Ex-lateral direito
75 anos
Uruguaio
Lateral direito da seleção uruguaia nas Copas do Mundo de 1966 e 1974, disputou 243 partidas pelo São Paulo entre 1970 e 1975 e conquistou três títulos paulistas (1970, 1971 e 1975). Idolatrado mesmo depois da aposentadoria, retornou ao clube outras duas vezes. Em 1984, para trabalhar nas categorias de base. E, seis anos depois, para ser técnico do time principal. Pablo Forlán, aliás, foi o último treinador do São Paulo antes do início da "era Telê Santana". E, curiosamente, essa foi também sua despedida do banco de reservas. Por causa da ligação entre o uruguaio e o clube, torcedores são-paulinos passaram anos alimentando a esperança de ver Diego Forlán, filho de Pablo e eleito o melhor jogador da Copa 2010, vestindo o uniforme tricolor. Só que esse namoro nunca virou casamento.
DARÍO PEREYRA
Ex-zagueiro
64 anos
Uruguaio
Apesar de também ter jogado no Flamengo e no Palmeiras, foi no São Paulo que Darío Pereyra virou um dos uruguaios mais importantes que já passaram pelo futebol brasileiro. O ex-meia que se transformou em zagueiro vestiu a camisa tricolor durante 11 temporadas e ganhou dois títulos brasileiros (1977 e 1986). Com 453 partidas, ele é o segundo jogador estrangeiro que mais defendeu o clube, atrás apenas do ex-goleiro argentino José Poy, já morto. Pereyra se adaptou tão bem ao Brasil que até hoje continua morando no país. Ele treinou vários clubes importantes do cenário nacional entre o fim do século passado e o começo do atual, inclusive o próprio São Paulo, mas só conseguiu um Campeonato Mineiro (1999, pelo Atlético-MG) como título relevante. Desde 2019, ele trabalha na diretoria da FPF (Federação Paulista de Futebol).
VÍCTOR ARISTIZÁBAL
Ex-atacante
49 anos
Colombiano
Um dos estrangeiros mais bem-sucedidos no futebol brasileiro nas últimas décadas, o colombiano chegou ao país por meio do São Paulo. Foi o clube do Morumbi quem o tirou do Atlético Nacional, em 1996. A passagem de Aristizábal pelo Tricolor paulista durou dois anos e meio e foi recheada pela conquista do título estadual de 1998. Autor de 37 gols, o ex-atacante divide com Darío Pereyra o posto de maior artilheiro estrangeiro do São Paulo que ainda está vivo. Depois de deixar o clube, ele ainda passou por Santos, Vitória, Cruzeiro e Coritiba. Hoje em dia, o ex-atacante trabalha como comentarista na TV colombiana e possui uma escolinha de futebol chamada "Aristigol", seu apelido dos tempos de boleiro.
JONATHAN CALLERI
Atacante
27 anos
Argentino
Tudo bem que a passagem de Calleri pelo Morumbi foi extremamente curta. Mas, em uma época em que o torcedor do São Paulo andava muito carente de novos ídolos, os 16 gols que o argentino marcou em 31 partidas no primeiro semestre de 2016 foram suficientes para lhe garantir um lugar nessa lista. Defendendo o time brasileiro, Calleri foi o artilheiro da Libertadores daquele ano e garantiu uma transferência para o futebol europeu. Só que o atacante tem tido dificuldades para se consolidar no Velho Continente e defendeu cinco times diferentes nas últimas cinco temporadas. Depois de passar por West Ham, Las Palmas, Alavés e Espanyol, hoje ele tem tentado impedir que o Osasuna volte para a segunda divisão espanhola.
DIEGO AGUIRRE
Ex-atacante
55 anos
Uruguaio
Assim como Calleri, não vestiu a camisa do São Paulo tantas vezes assim. Contratado por empréstimo em 1990, depois de se destacar no Peñarol e no Internacional, Aguirre foi o principal atacante tricolor enquanto o time era treinado por seu compatriota Pablo Forlán e chegou a fazer um gol de bicicleta, contra o Grêmio, pela Copa do Brasil. Depois de sofrer uma lesão no joelho e da mudança no comando do time, o uruguaio perdeu espaço e acabou indo embora do clube. Em 2018, retornou ao Morumbi em uma nova função, como técnico. Seu São Paulo foi um dos destaques do primeiro turno do Brasileiro, mas perdeu rendimento na segunda metade da competição, o que provocou sua demissão (até hoje contestada por muitos torcedores). Depois, Aguirre se mudou para o Qatar e dirigiu o Al Rayyan entre maio de 2019 e dezembro do ano passado. Desde então, aguarda uma nova oportunidade profissional.
CLAUDIO MALDONADO
Ex-volante
41 anos
Chileno
Outro caso de estrangeiro que se "abrasileirou", o chileno passou a maior parte da carreira atuando por aqui. Foram três anos no Morumbi, onde faturou dois títulos paulistas e um Rio-São Paulo, duas temporadas no Cruzeiro, mais duas no Santos, três no Flamengo e alguns meses de Corinthians. Decidido a ser técnico, Maldonado fez um estágio com Fábio Carille no Parque São Jorge em 2017 e, no ano seguinte, virou auxiliar do Colo-Colo, clube onde iniciou a carreira. Desde o ano passado, faz parte da comissão de Maurício Barbieri. Juntos, eles trabalharam no CSA e agora comandam o Red Bull Bragantino.
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