Com provável renovação de Neymar, PSG afasta ideia de "prazo de validade"

A reta final das negociações para a renovação do contrato do atacante brasileiro Neymar tem um peso especial para o Paris Saint-Germain.

Caso realmente estenda o vínculo do seu principal jogador, o clube, que vem mandando no futebol francês desde o começo da década passada e que sonha em entrar para o grupo dos grandes da Europa, deixará claro que seu projeto não tem uma "data de validade".

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Nos últimos anos, o futuro do PSG como time competitivo no cenário continental sempre esteve envolto em uma atmosfera nebulosa. Muita gente apostava que o governo do Qatar só queria utilizar a agremiação como plataforma de propaganda para a Copa do Mundo-2022 e que reduziria drasticamente o investimento depois da competição.

O fato de os contratos dos dois principais astros do seu elenco (Neymar e Kylian Mbappé) terminarem justamente no ano do Mundial que será organizado pelo país árabe proprietário do clube só alimentava esse cenário de incertezas.

Mas, se as conversas para a renovação da estrela francesa realmente estão longe de um final feliz, o mesmo não pode se dizer da situação do camisa 10 brasileiro.

No começo da semana, o jornalista Fabrizio Romano, da Sky Sports, um dos principais especialistas no Mercado da Bola internacional, publicou que Neymar está prestes a assinar um novo contrato válido até 2026.

De acordo com o italiano, esse acordo prevê ainda o pagamento de um "bônus gigantesco" caso o jogador mais caro da história do futebol mundial consiga conquistar uma Liga dos Campeões pelo time parisiense.

Nenhum dono de clube, por mais rico que seja, faria um investimento tão pesado assim caso tivesse planos de pular fora do barco.

Outra mostra de que a parceria entre PSG e Qatar não está com os dias contados vem do comportamento do clube francês na busca de reforços para a próxima temporada.

Depois de algumas janelas de transferências bem discretas (para o padrão parisiense), o time tem pelo menos dois pesos pesados na mira para 2021/22: o argentino Lionel Messi, do Barcelona, e o zagueiro espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid.

Ambos estão na reta final dos seus contratos e, por isso, suas contratações não envolveriam compra de direitos econômicos. Mas imagina só a fortuna que custará as luvas (prêmio por assinatura de vínculo) e os salários das duas estrelas.

E, mesmo assim, elas estão dentro dos planos do clube para fazer companhia a Neymar, aumentar o poderio do PSG no cenário global e, claro, também fazer propaganda do Qatar... mas por tempo indeterminado, não só até a Copa do Mundo do próximo ano.

Depois de um mês e meio afastado devido a problemas musculares, o brasileiro voltou a defender o PSG no último fim de semana. Ele participou dos últimos minutos da vitória por 4 a 2 sobre o Lyon, que devolveu o time à liderança do Campeonato Francês.

Graças ao tropeço do Lille, que perdeu em casa por 2 a 1 para o Nimes, a equipe da capital agora tem os mesmos 63 pontos do antigo detentor da primeira colocação e assumiu a ponta por ter melhor saldo de gols (46, contra 31).

A expectativa do PSG é que Neymar esteja em condições plenas para a reedição da decisão da última Champions, contra o Bayern de Munique. As duas equipes se reencontrão nos dias 7 e 13 de abril, desta vez pelas quartas de final da competição continental.