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Desejados lá fora: 7 técnicos brasileiros que estão trabalhando no exterior
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Os técnicos brasileiros já viveram melhores dias no cenário internacional. Entre as décadas de 1990 e 2000, era relativamente comum ver um "professor" do país do futebol trabalhando nos campeonatos nacionais mais importantes do planeta.
Esse cenário mudou completamente. Hoje em dia, é muito raro que um treinador formado na nossa escola tenha a oportunidade de dirigir um time na Espanha, na Itália ou em qualquer outro país do primeiro escalão europeu.
Mas isso não significa também que ninguém mais no mundo contrate técnicos brasileiros. Especialmente na Ásia (Japão e nações do Oriente Médio), nossos "mestres" ainda são profissionais bastante procurados.
O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete treinadores conhecidos do país pentacampeão mundial que descolaram algum desses empregos no exterior e atualmente estão trabalhando longe de casa.
FÁBIO CARILLE
47 anos
Al-Ittihad (ARA)
Três vezes campeão paulista e detentor de um título brasileiro com o Corinthians, Carille está na segunda passagem pelo futebol da Arábia Saudita. Em 2018, comandou o modesto Al-Wehda. No ano passado, retornou ao país para dirigir o Al-Ittihad, um dos clubes mais poderosos e tradicionais do Oriente Médio. Na temporada de estreia pelo novo time, só conseguiu evitar o rebaixamento. Mas agora está na briga pelo título e quase garantido na Liga dos Campeões da Ásia. Com contrato prestes a terminar, o treinador tem visto nas últimas semanas um movimento de torcedores corintianos nas redes sociais pedindo que ele volte ao clube onde viveu os melhores momentos de sua carreira.
MANO MENEZES
58 anos
Al-Nassr (ARA)
O ex-comandante da seleção brasileira começou há cerca de um mês sua segunda experiência no exterior. Depois de dirigir o Shandong Luneng, da China, durante meia temporada em 2016, o gaúcho agora está trabalhando na Arábia Saudita. E, apesar de ainda ser um novato no futebol do Oriente Médio, Mano já tem do que se orgulhar por lá. Seu time, o Al-Nassr, derrotou duas vezes o Al-Sadd, equipe mais poderosa do Qatar, que é treinada pelo ex-meia espanhol Xavi Hernández, e se classificou como líder do grupo para a fase final da Champions asiática.
TUCA FERRETTI
67 anos
Tigres (MEX)
Radicado no México desde os anos 1970, é o treinador brasileiro mais bem-sucedido no exterior atualmente. Ferretti está no comando do Tigres desde 2010 e já dirigiu interinamente a seleção mexicana em duas oportunidades. No clube onde trabalha há mais de uma década, Ferretti já conquistou cinco campeonatos nacionais. Mas o auge do seu trabalho aconteceu na temporada passada, quando venceu pela primeira vez a Concachampions e levou seu time ao vice-campeonato do Mundial de Clubes da Fifa (derrotou o Palmeiras na semifinal e vendeu caro a derrota para o Bayern de Munique na decisão).
ODAIR HELLMANN
44 anos
Al-Wasl (EAU)
Ainda novato no cenário nacional, decidiu em novembro interromper o bom trabalho que vinha fazendo no Fluminense para se mudar aos Emirados Árabes Unidos. Lá, tem dirigido o Al-Wasl, time que já amarga um jejum de 14 anos sem conquistar o título nacional. Apesar de o clube estar novamente longe da briga pelas primeiras posições, Hellmann conseguiu emplacar uma sequência de 12 partidas consecutivas sem perder entre dezembro e março e ganhou como recompensa uma renovação de contrato até 2023.
LEVIR CULPI
68 anos
Cerezo Osaka (JAP)
O Japão já se transformou em uma espécie de segunda casa para o treinador paranaense. O ex-comandante de Cruzeiro, Atlético-MG, Palmeiras e quase todos os clubes grandes do Brasil está em seu quinto contrato com clubes nipônicos, o quarto só com o Cerezo Osaka. Sob o comando de Levir, o time vem tendo um início de temporada aquém das expectativas e já está 17 pontos atrás do líder, Kawasaki Frontale. No fim do mês passado, o treinador afirmou em entrevista ao Bandsports que se considera praticamente aposentado e não pretende mais voltar a trabalhar no futebol brasileiro.
NELSINHO BAPTISTA
70 anos
Kashiwa Reysol (JAP)
Apesar de andar um pouco esquecido no mercado brasileiro (só trabalhou no Sport Recife, durante quatro meses de 2018, em toda a década passada), o treinador continua em plena atividade do outro lado do mundo. Nelsinho está dirigindo pela segunda vez o Kashiwa Reysol, clube pelo qual foi campeão japonês lá em 2011. A passagem atual começou em 2019, ainda na segunda divisão. O brasileiro conseguiu o acesso na primeira temporada, fez um campeonato bastante razoável na segunda (sétimo colocado) e agora tem conseguido se manter fora da zona de rebaixamento.
ROGÉRIO MICALE
52 anos
Al-Hilal (ARA)
Técnico da seleção sub-23 na inédita conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Micale até teve alguns trabalhos por aqui depois do momento mais importante de sua carreira (Atlético-MG, Paraná, Figueirense), mas não conseguiu explodir. A chance de recomeçar surgiu em fevereiro, quando foi contratado pelo Al-Hilal, clube mais poderoso da Arábia Saudita e uma das forças do futebol asiático. No comando de jogadores que já atuaram em clubes importantes da Europa, como Bafétimbi Gomis (ex-Olympique de Marselha) e Sebastián Giovinco (ex-Juventus), o treinador brasileiro tem disputado ponto a ponto a liderança do Campeonato Saudita com o Al-Shabab.
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