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Como o Chelsea revolucionou o futebol e abriu caminho para sucesso do City
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Quando o russo Roman Abramovich desembolsou 170 milhões de libras (cerca de R$ 1,1 bilhão na cotação atual) para se transformar no dono do Chelsea, lá em 2003, ele não imaginava o tamanho da revolução que estava iniciando.
Dezoito anos depois da negociação que fez o então obscuro bilionário do setor energético que enriqueceu com a dissolução da União Soviética virar um dos homens mais poderosos do futebol mundial, a Liga dos Campeões será decidida pela primeira vez por dois novos ricos da Europa.
Assim como o Chelsea, o Manchester City também é uma equipe inglesa, que veste azul e que, durante a maior parte de sua existência, esteve mais habituada a frequentar o meio da tabela dos campeonatos que disputa do que a lutar por títulos.
Mas tudo mudou depois que um endinheirado de longe do Reino Unido resolveu usar sua fortuna para brincar de ser dirigente de futebol.
Mas se o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, integrante da família real de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), decidiu investir no City em 2008 foi apenas porque o projeto de Abramovich no Chelsea deu muito certo.
O clube londrino, que só havia vencido um título inglês nos 98 anos anteriores à chegada do proprietário russo, virou uma máquina de levantar troféus depois da injeção de grana que o tornou rico.
A primeira taça de Premier League foi conquistada já na segunda temporada da administração do russo. Depois, o clube faturou mais quatro campeonatos nacionais, oito copas, duas Supercopas e até a sonhada Champions, em 2012.
Graças a astros como Didier Drogba, Frank Lampard, John Terry, Andriy Shevchenko e Eden Hazard, comprados ou mantidos com o dinheiro do seu bilionário particular, o Chelsea se firmou ao longo dessas duas últimas década como um dos times mais poderosos da Europa.
E quem levou o crédito desse sucesso todo no cenário continental (e, consequentemente, global) foi Abramovich, o que acabou motivando outros ricaços (pessoas ou governos) metidos a quererem ficar famosos a tentar trilhar o mesmo caminho.
De todos esses projetos de "novos ricos" que vieram na esteira do Chelsea, o do City é o mais bem sucedido. A equipe está na primeira final de Champions de sua história e já conquistou cinco títulos ingleses desde que "ganhou na loteria".
O Paris Saint-Germain, que pertence ao governo do Qatar, também trilha passos semelhantes. Apesar de ainda não ter sido campeão europeu, construiu uma hegemonia no futebol francês (interrompida neste ano) e virou febre entre os torcedores mais jovens por causa de Neymar e Kylian Mbappé.
Mas houve também os projetos que não deram tão certo assim. O Monaco, do russo Dmitry Rybolovlev, ficou só na promessa de que faria frente aos gigantes do continente. E o Málaga, do xeque qataria Abdullah bin Nasser, desistiu de tentar brigar com os poderosos depois de apenas duas temporadas (2010/2011 e 2011/2012) de investimentos pesados.
A decisão da edição 2020/2021 da Champions será disputada amanhã, no estádio do Dragão, no Porto (POR). Originalmente, a partida seria jogada em Istambul, mas, assim como no ano passado, a sede teve de ser alterada por causa da pandemia de covid-19.
Em Portugal, o jogo que decidirá o campeão europeu desta temporada poderá contar com a presença de público (ainda que reduzido). Doze mil ingressos foram colocados à venda, seis mil para torcedores de cada time.
Essa será a terceira final 100% inglesa na história da competição. Em 2008, o Chelsea foi derrotado nos pênaltis pelo Manchester United após empate por 1 a 1 com a bola rolando. Duas temporadas atrás, o Liverpool se sagrou campeão europeu com vitória por 2 a 0 sobre o Tottenham.
O torneio teve outras cinco decisões entre clubes do mesmo país: três espanholas (todas vencidas pelo Real Madrid, em 2000, 2014 e 2016), uma italiana (Milan 0 x 0 Juventus, em 2003, com triunfo rossonero nos pênaltis) e uma alemã (Bayern de Munique 2 x 1 Borussia Dortmund, em 2013).
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