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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Só Brasil e mais 2 países não vão parar campeonatos para Copa América

Gabigol pode disputar a Copa América e desfalcar o Flamengo por um mês - Thiago Ribeiro/AGIF
Gabigol pode disputar a Copa América e desfalcar o Flamengo por um mês Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

01/06/2021 04h00

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Anunciado ontem pela Conmebol como nova sede da Copa América 2021, o Brasil é um dos três únicos países participantes do continental que não vão interromper seus campeonatos nacionais de futebol durante a realização do torneio.

Entre os dias 13 de junho e 10 de julho, período de disputa da competição que reúne as dez seleções filiadas à Conmebol, serão jogadas oito rodadas completas da primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

As equipes que tiverem jogadores convocados para o torneio, no entanto, sofrerão com desfalques por até duas partidas a mais da Série A devido ao período de treinos preparatórios e ao fato de a final da Copa América estar programada para o meio de mais uma rodada do torneio nacional.

Além do Brasil, apenas Uruguai e Venezuela não interromperão os calendários dos seus campeonatos nacionais por causa dos compromissos das seleções. A liga uruguaia terá seis rodadas durante o certame e a venezuelana, cinco.

Todos os outros sete países filiados à Conmebol vão paralisar, pelo menos, seus campeonatos de primeira divisão. A Libertadores e a Copa Sul-Americana, os dois torneios continentais interclubes, também só retornarão em meados de julho.

Algumas dessas nações até terão alguns jogos esporádicos durante a Copa América, mas apenas para reposição ou finalização de calendário. Palestino e Audax Italiano, por exemplo, medirão forças no dia 15 de junho pelo Campeonato Chileno. As semifinais e a final do Torneio Apertura do Campeonato Colombiano também podem acontecer no período.

Originalmente, a 47ª edição da competição continental era para ter sido disputada no ano passado e seria organizada em parceria entre Colômbia e Argentina. Devido à pandemia da covid-19, o torneio foi adiado em um ano, mas as sedes foram inicialmente mantidas.

No último dia 20 de maio, o governo colombiano solicitou um novo adiamento na competição devido às instabilidades políticas no país, com vários protestos populares, e a Colômbia acabou excluída do posto de sede.

No domingo, foi a vez dos argentinos pularem fora da organização por estarem sofrendo com o crescimento dos casos de covid. A Conmebol chegou a anunciar que o torneio estava suspenso, mas recebeu no dia seguinte o apoio do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para trazê-lo ao Brasil.

Caso não haja uma nova alteração (o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos disse que ainda não há uma definição sobre a organização do torneio), o país receberá pela segunda vez consecutiva o torneio continental. Em 2019, a seleção comandada por Tite aproveitou o fator casa e pôs fim a um jejum de 12 anos sem conquistar o título.

Desta vez, a Copa América será disputada só pelas dez seleções filiadas à Conmebol, ou seja, sem nenhum convidado vindo de outro continente, que serão divididos em dois grupos (com os quatro melhores avançando para a fase final).

O Brasil está no Grupo B e, caso o calendário original seja mantido, estreia contra a Venezuela, no dia 14, uma segunda-feira. Colômbia, Equador e Peru serão seus outros adversários na etapa classificatória.

Antes da competição continental, a seleção pentacampeã mundial de futebol terá pela frente dois compromissos das eliminatórias da Copa 2022: contra Equador, no Beira-Rio (Porto Alegre), nesta sexta-feira (4), e Paraguai, dia 8, em Assunção.