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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Quem é Ali Daei, que divide com CR7 artilharia histórica das seleções?

Ali Daei disputou duas Copas do Mundo pela seleção do Irã - Getty Images
Ali Daei disputou duas Copas do Mundo pela seleção do Irã Imagem: Getty Images

27/06/2021 04h00

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Cristiano Ronaldo defende desde 2003 o time adulto de Portugal. Ao longo dos últimos 18 anos, disputou 178 partidas pela seleção e marcou 109 gols, um recorde na história do futebol masculino.

É isso mesmo: jamais um jogador de futebol meteu mais bolas nas redes por uma seleção principal filiada à Fifa que o astro da Juventus. Nem Pelé, nem Lionel Messi, nem Ferenc Puskás. Ninguém.

Só que o artilheiro da Eurocopa, que hoje enfrenta a Bélgica, a partir das 16h (de Brasília), no estádio La Cartuja, em Sevilha (Espanha), por vaga nas quartas de final do torneio continental, ainda tem uma companhia no lugar mais alto do pódio dos grandes goleadores do futebol internacional. Um parceiro de quem está louco para se livrar o mais rápido possível.

Assim como CR7, Ali Daei também comemorou 109 gols por sua seleção, a do Irã. A diferença é que o ex-atacante precisou de menos partidas, apenas 149, para alcançar a marca atingida pelo camisa 7 luso durante a última semana.

Maior nome da história do futebol iraniano, o artilheiro disputou apenas duas edições da Copas do Mundo (1998 e 2006), mas não conseguiu passar da fase de grupos. Também foi duas vezes terceiro colocado da Copa da Ásia (1996 e 2004).

Daei passou a maior parte da carreira jogando no seu próprio país. Mas, durante cinco temporadas, aventurou-se no Campeonato Alemão. Foram três anos de Hertha Berlim, um de Arminia Bielefedl e outro de Bayern de Munique.

No gigante bávaro, o iraniano não foi mais que um reserva de luxo. Mesmo assim, conquistou o título mais importante de sua carreira, o da temporada 1998/99 da Bundesliga e foi vice-campeão da Liga dos Campeões da Europa.

O ex-atacante deixou os gramados em 2007, quando tinha 38 anos. Desde então, passou a dividir seu tempo entre duas carreiras: a de treinador e a de empresário dono de uma fábrica de material esportivo.

No banco de reservas, dirigiu as principais equipes do Irã e venceu uma edição do campeonato nacional e três da copa que reúne os maiores clubes do país. Ainda no início da trajetória como técnico, também passou um ano à frente da seleção em que é ídolo.

Sem trabalhar como treinador desde 2019, quando deixou o comando do Saipa, o artilheiro atualmente a Daei Sports, principal marca iraniana de uniformes esportivos e chuteiras, que inclusive já forneceu material para a seleção e vários clubes importantes do país.

O segundo dia da fase final da Euro terá a realização de duas partidas. Além do confronto entre Portugal e Bélgica, Holanda e República Tcheca também medirão forças por vaga nas quartas de final. As oitavas da competição continental vão até a próxima terça-feira.

O sucessor de Portugal no posto de campeão europeu de seleções será conhecido no dia 11 de julho. O estádio de Wembley, em Londres (Inglaterra), receberá a decisão.

Originalmente, o torneio era para ter sido disputado no meio do ano passado. No entanto, a pandemia da covid-19 fez com que ele fosse adiado em 12 meses.

A novidade desta edição é que não há uma sede fixa. Para comemorar os 60 anos do continental, a Uefa decidiu realizar a competição em 11 cidades espalhadas por 11 países diferentes (alguns que nem classificaram suas seleções).

Além da Inglaterra, sede da última partida, a Euro-2020 (sim, ela manteve esse nome mesmo com o adiamento da data) também está passando por Itália, Azerbaijão, Dinamarca, Alemanha, Escócia, Espanha, Hungria, Holanda, Romênia e Rússia.