Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Antes fora da briga, Messi só depende dele para ser melhor do mundo de novo
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O favorito Kylian Mbappé caiu nas oitavas de final, que levaram também seu compatriota N'Golo Kanté e o português Cristiano Ronaldo. Nas quartas, os belgas Kevin de Bruyne e Romelu Lukaku deram adeus à disputa. E o atual campeão, Robert Lewandowski, não havia nem passado da primeira fase.
Cheia de resultados surpreendentes e com várias de suas seleções mais poderosas sendo eliminadas precocemente, a Eurocopa virou uma máquina de triturar os maiores candidatos ao prêmio de melhor jogador do mundo nesta temporada.
E quem está se dando bem com esse cenário de terra arrasada na disputa pelo The Best (Fifa) e pela Bola de Ouro (revista "France Football")? Ele, o maior vencedor da história das eleições de craque máximo do planeta, Lionel Messi.
Em uma temporada normal, o argentino provavelmente não teria muitas chances de levar para casa pela sétima vez o prêmio da Fifa. Apesar de ter marcado 38 gols e distribuído 14 assistências pelo Barcelona em 2020/21, o argentino não ganhou o Campeonato Espanhol e nem passou perto de fazer uma boa campanha na Liga dos Campeões.
Só que esse ano tem sido dos mais atípicos. Na "temporada regular", nenhum atleta se destacou o suficiente para virar o único candidato possível a ser eleito o melhor do mundo. A Eurocopa, que poderia desembaralhar essa situação, só tornou a situação ainda mais indefinida.
Enquanto isso, Messi tem jogado o fino da bola na Copa América. O camisa 10 é o artilheiro da competição, com quatro gols, e também o jogador que mais deu passes para companheiros balançarem as redes. Dos dez tentos anotados pela Argentina, oito tiveram sua participação direta.
É verdade que o torneio sul-americano não tem tanta relevância assim no cenário internacional e, consequentemente, costuma ter pouco impacto na definição dos votos do colégio eleitoral que o melhor jogador do mundo.
Mas, no caso de Messi, é diferente. Faz tempo que seus fãs espalhados por todos os cantos do planeta esperam ansiosamente que ele conquiste seu primeiro título pela seleção principal e tire a Argentina de uma fila que já dura 28 anos.
Por isso, uma possível vitória na Copa América (e ainda mais jogando bem, como tem feito ao longo de toda a competição) dificilmente será ignorada pelos eleitores dos dois principais prêmios individuais da temporada.
Sem nenhum adversário tão destacado assim (Harry Kane talvez possa despontar como possível candidato se os ingleses vencerem a Euro), Messi só depende dele para ser outra vez o melhor do mundo.
Se ele levantar sua primeira taça pela Argentina, vai ser difícil escolher outro nome como o cara de 2020/21.
Originalmente, a Copa América e a Eurocopa seriam disputadas no ano passado. No entanto, devido à pandemia da covid-19, as duas competições acabaram sendo adiadas em 12 meses. A diferença é que o torneio do Velho Continente manteve seu plano original de ser realizado em múltiplos países.
Já o campeonato da Conmebol precisou abandonar a ideia de ser organizado em conjunto por Argentina e Colômbia, que decidiram abdicar da organização por conta de problemas sanitários e protestos populares. Com isso, o Brasil, que já havia recebido a edição, acabou se oferecendo para ser sede mais uma vez.
As semifinais da Copa América e da Euro serão disputadas neste começo de semana. As quatro seleções sobreviventes do torneio sul-americano irão a campo entre hoje e amanhã. Já as da competição da Uefa, amanhã e na quarta-feira.
O sucessor de Portugal (já eliminado neste ano) no posto de campeão europeu será conhecido no dia 11 de julho. O estádio de Wembley, em Londres (Inglaterra), receberá a final.
Enquanto isso, a partida que definirá a melhor seleção da América do Sul em 2021 será disputada um dia antes, no Maracanã. Ao contrário do que aconteceu na Europa, o atual campeão, Brasil, continua vivo na disputa e é um dos favoritos ao título.
Copa América - semifinais
Brasil x Peru, hoje, às 20h, Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Argentina x Colômbia, amanhã, às 22h, Mané Garrincha, Brasília (DF)
Eurocopa - semifinais
Itália x Espanha, amanhã, às 16h, Wembley, Londres (ING)
Inglaterra x Dinamarca, quarta-feira, às 16h, Wembley, Londres (ING)
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