Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Por que os clubes da liga mais rica do mundo não estão nem aí para Mbappé?
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O torcedor do Paris Saint-Germain tem vivido um estado de êxtase desde que o clube anunciou a contratação de Lionel Messi e tem contado as horas para ver o argentino ao lado de Neymar e Kylian Mbappé.
Só que o tão aguardado melhor trio de ataque do planeta não deve durar mais que uma temporada. Ou talvez nunca saia da imaginação dos fãs de futebol e nem chegue a ser utilizado pelo técnico Mauricio Pochettino.
Isso porque Mbappé, cujo contrato com o clube francês termina em junho do próximo ano, tem dado sinais cada vez mais claros de que pretende ir embora e tem marcada para amanhã uma reunião com a diretoria do PSG onde promete revelar sua decisão para o futuro.
Não é novidade para ninguém que o jovem astro quer porque quer se mudar para o Real Madrid. O fato novo é que ele talvez force a barra para ser negociado ainda nesta janela de transferências (e não gratuitamente, no fim da temporada).
Mas uma outra questão mexe com a cabeça dos amantes do futebol internacional: por que os clubes ingleses, que disputam o campeonato nacional mais endinheirado do planeta e teriam condições econômicas de entrar nessa briga, nem pensam na contratação do atacante francês?
Lá atrás, o Liverpool até chegou a insinuar um possível interesse em Mbappé, mas logo desistiu da empreitada. Manchester City, Chelsea e Manchester United, hoje tão poderosos (ou até mais) que o Real, sequer cogitaram essa hipótese.
A razão principal pela qual os ingleses decidiram não se meter com o jovem astro do PSG é que, tanto do ponto de vista de marketing quanto da montagem dos seus clubes, eles são bem diferentes dos clubes espanhóis e também do clube parisiense.
Enquanto Real e Barça historicamente concentram sua filosofia na venda para o público consumidor da ideia de que "aqui estão os jogadores mais talentosos do planeta e podemos contar com eles para decidir os jogos mais complicados", a Inglaterra pensa de uma forma bem diferente.
É claro que os gigantes da Premier League também querem atletas de alto nível técnico e pagam caro por eles. Mas esses atletas raramente são vistos como solução (e nem são o principal objeto de suas máquinas de fazer dinheiro com venda de camisas e direitos de transmissão para o exterior).
Na Inglaterra, há um consenso de que craques podem até resolver partidas, mas são times bem construídos que ganham campeonatos. E o resultado dessa política é que a obsessão pelos meias e atacantes super habilidosos e criativos costuma ficar em segundo plano para técnicos e torcedores.
Por isso, em 30 anos de existência da eleição realizada pela Fifa de melhor jogador do mundo, apenas um jogador que atuava na Inglaterra (Cristiano Ronaldo, que defendia o Manchester United em 2008) ficou com o prêmio. No mesmo período, o de 30 anos, houve seis títulos ingleses de Champions.
Essa prioridade ao coletivo é o motivo pelo qual a Premier League, mesmo tendo mais dinheiro que os outros campeonatos nacionais, não é a liga que normalmente registra as transferências mais caras do planeta.
O reforço mais caro da história do futebol inglês, Jack Grealish, recém-contratado pelo Manchester City por 117,5 milhões de euros (R$ 727,1 milhões), ocupa apenas a sétima posição no ranking histórico das maiores transações que o mundo já viu. Ele está atrás de três reforços do Barcelona, dois do PSG e um do Atlético de Madri.
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