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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Craque no Brasil, Hulk foi muito mais produtivo na Rússia e em Portugal

Hulk durante treinamento da seleção brasileira no CT Joaquim Grava - Lucas Figueiredo/CBF
Hulk durante treinamento da seleção brasileira no CT Joaquim Grava Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

07/09/2021 04h00

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De volta à seleção brasileira nas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo-2022 depois de cinco anos sem ser convocado, Hulk tem sido o grande nome do futebol nacional nesta temporada.

Aos 35 anos, o atacante ocupa a vice-artilharia do Campeonato Brasileiro e o cargo de protagonista de um Atlético-MG que está muito bem vivo nas três principais competições da temporada (lidera a Série A e continua na briga na Libertadores e na Copa do Brasil).

Mas engana-se quem pensa que esse é o auge da carreira de Hulk. Pelo contrário, os números mostram que, desde que ele se tornou conhecido no cenário internacional, essa é a fase em que ele tem sido menos decisivo dentro de campo.

Desde que voltou ao país pentacampeão mundial e assinou com o Atlético-MG, no começo do ano, o veterano já disputou 42 partidas oficiais, marcou 19 vezes e distribuiu 11 assistências. Esses números significam que o camisa 7 participa ativamente de 0,71 jogada de gol a cada jogo do qual participa.

A marca pode até ser excepcional. Mesmo assim, fica abaixo do nível de produtividade que o atacante convocado por Tite atingiu nos três últimos clubes que defendeu antes do retorno ao Brasil.

Os melhores números de Hulk foram atingidos durante os quatro anos em que ele defendeu o Zenit São Petersburgo. Mesmo jogando em um campeonato que tradicionalmente não registra médias de gols das mais altas, o brasileiro teve uma participação de 0,92 tento por partida.

Foi nesse período em que esteve na Rússia que o atacante se consolidou como jogador da seleção e disputou sua única Copa do Mundo, em 2014. Uma eleição realizada no ano passado o apontou como o melhor estrangeiro da história do país.

No Porto e no Shanghai SIPG, a produtividade do brasileiro também foi maior que a atual. Em Portugal, onde conquistou quatro títulos nacionais e um prêmio de artilheiro da liga, sua média foi de 0,82 gol criado a cada vez em que pisou no gramado.

Já na China, onde levantou um troféu de campeão nacional e foi eleito duas vezes para a seleção do campeonato, essa média foi de 0,90 participação por partida.

Hulk ainda tem mais um jogo pela seleção antes de retornar ao Atlético-MG. Na quinta-feira, o Brasil recebe o Peru, na Arena Pernambuco, para defender sua campanha 100% nas eliminatórias sul-americanas.

A equipe dirigida por Tite lidera o qualificatório da Conmebol para o Qatar-2022 com 21 pontos conquistados em sete rodadas e ainda aguarda uma decisão sobre o que será feito da partida contra a Argentina, interrompida no último domingo por ação da Anvisa devido à entrada irregular no país e quebra na barreira sanitária de quatro jogadores do time de Lionel Messi.

Após os compromissos pela seleção, Hulk deve voltar a vestir a camisa atleticana no fim de semana. No sábado, o time mineiro, que ocupa a primeira colocação do Brasileiro com quatro pontos de vantagem pelo Palmeiras, visita o Fortaleza.

Na sequência, os alvinegros jogam contra o Fluminense, na quarta-feira (15), pelas quartas de final da Copa do Brasil. Já o início do mata-mata frente ao Palmeiras, que irá definir um dos finalistas da Libertadores, está marcado para o dia 21 deste mês.

O melhor de Hulk

PORTO (2008 a 2012): 0,82 gol criado por partida
169 jogos, 77 gols e 61 assistências
ZENIT SÃO PETERSBURGO (2012 a 2016): 0,92 gol criado por partida
148 jogos, 76 gols e 60 assistências
SHANGHAI SIPG (2016 a 2020): 0,90 gol criado por partida
145 jogos, 76 gols e 54 assistências
ATLÉTICO-MG (2021): 0,71 gol criado por partida
42 jogos, 19 gols e 11 assistências