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Damião reencontra caminho do gol no Japão e volta a ser desejado no Brasil
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Leandro Damião foi duas vezes artilheiro do Campeonato Gaúcho e já faturou prêmios de goleador do Mineiro, da Recopa Sul-Americana e até mesmo dos Jogos Olímpicos de Londres-2012.
Na primeira metade da década passada, ser o jogador que mais balançou as redes de uma competição era rotina para o centroavante que durante um bom tempo foi visto como o camisa 9 ideal da seleção brasileira.
Só que essa fase, que parecia ter ficado no passado, pode estar renascendo do outro lado do mundo. Seis anos depois de ser artilheiro de um torneio importante pela última vez (Mineiro-2015), o camisa 9 do Kawasaki Frontale está novamente na briga por uma artilharia.
Damião meteu 14 bolas nas redes nas 28 rodadas do Campeonato Japonês já completadas (de um total de 38) e está apenas um gol atrás dos maiores goleadores da temporada, Daizen Maeda (Yokohama Marinos) e Kyogo Furuhashi (Vissel Kobe).
Mais que isso, na soma de todas as competições (J-League, Liga dos Campeões da Ásia, Copa do Imperador, Copa da Liga e Supercopa do Japão), o brasileiro já acumula 22 tentos em 2021, sua melhor marca individual em quase uma década.
A última vez em que o centroavante teve um ano tão eficiente assim foi em 2012, época em que era convocado para a seleção e carregava aquela expectativa de que logo se tornaria destaque de algum grande clube europeu, quando comemorou 24 gols pelo Internacional.
A melhor temporada de Damião foi justamente a anterior. Em 2011, quando explodiu com a camisa da equipe colorada e se tornou um nome do primeiro escalão cenário nacional, o jogador marcou 38 vezes.
Mas, mesmo que não bata o recorde desta vez, o jogador de 32 anos não tem do que reclamar. No Frontale desde 2019, o atacante não apenas reencontrou o caminho do gol, como também reciclou sua carreira no Japão.
Antes de desembarcar na J-League, Damião vinha emendando uma temporada complicada atrás da outra. No Santos, onde chegou como contratação milionária e com status de estrela, foi uma completa decepção. A passagem pelo Betis, seu único clube na Europa, durou apenas três partidas e se resumiu a 129 minutos de futebol sem nenhum gol.
No Flamengo, o centroavante ficou na reserva. Já no retorno ao Inter, seu último clube antes de embarcar rumo ao Oriente, até recuperou a titularidade, mas não o faro de gol dos primeiros anos da carreira.
A recuperação plena de Damião aconteceu mesmo no Japão. Mesmo não sendo titular absoluto do Frontale em todas as partidas (o clube adota um revezamento "à europeia" no sistema ofensivo), o brasileiro já soma 50 gols pelo time ao longo de três temporadas.
Com o time de Kawasaki, o centroavante já ganhou cinco títulos: duas edições da Supercopa do Japão (2019 e 2021), um Japonês (2020), uma Copa do Imperador (2020) e uma Copa da Liga (2019).
E, se tudo correr como a temporada vem se desempenhando, o sexto troféu já está a caminho. O Frontale lidera a J-League com quatro pontos de vantagem (e um jogo a menos) para o Yokohama Marinos.
A boa fase de Damião no futebol asiático já tem chamado a atenção de clubes brasileiros. Como o contrato do atacante termina em 1º de janeiro, será possível contratá-lo gratuitamente na virada do ano.
Vários veículos da imprensa do Rio Grande do Sul vêm apontando nas últimas semanas que o Inter tem o desejo de repatriá-lo. Já o jornal "O Dia" publicou que o Fluminense também pode entrar na briga pelo veterano artilheiro.
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