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Dominantes na América, Fla e Palmeiras têm ano digno de gigantes da Europa
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Foi-se o tempo em que o equilíbrio de forças vigente no futebol brasileiro era tão grande que não havia como comparar o desempenho dos maiores times do país do futebol ao das grandes potências da Europa.
Vencedores de todos os títulos da Série A nos últimos três anos e finalistas desta edição da Libertadores, Flamengo e Palmeiras já se tornaram tão dominantes por aqui quanto os maiores clubes do Velho Continente são em seus territórios.
E a prova disso é que o aproveitamento de pontos dos dois melhores clubes da América do Sul em 2021 já alcançou patamar semelhante ao que normalmente é atingido por Chelsea, Bayern de Munique, Real Madrid, Paris Saint-Germain e os outros integrantes da prateleira de cima europeia.
Na soma de todas as competições, o Flamengo conquistou 73,6% dos pontos que disputou neste ano. Dentre os clubes mais poderosos do planeta, apenas Manchester City e Bayern de Munique tiveram desempenho superior a essa marca.
Ou seja, o vencedor das duas últimas edições do Brasileiro e da Libertadores-2019 tem pontuado mais que o atual campeão europeu (Chelsea) e também que os detentores das taças dos campeonatos Italiano (Inter de Milão) e Espanhol (Atlético de Madri).
O Palmeiras, que faturou a Série A em 2018 e a última Libertadores, não chega ao mesmo nível de regularidade do seu adversário na decisão continental. Mesmo assim, com 61,7% de aproveitamento, supera os desempenhos na temporada passada de equipes do porte de Liverpool, Tottenham, Roma e Arsenal.
A "facilidade" encontrada pelos dois clubes, agora similar à das grandes forças europeias, tem uma explicação principal: dinheiro.
Nos últimos anos, impulsionados por políticas de ajustes de contas e patrocínios milionários, Flamengo e Palmeiras se desprenderam dos outros clubes brasileiros no tamanho dos seus orçamentos. No ano passado, os dois foram os únicos times do país que arrecadaram mais de R$ 500 milhões.
Com mais dinheiro em caixa, eles podem contratar melhores jogadores, evitar a saída prematura dos seus jovens talentosos para outros mercados e montar times capazes de "sobrar" no cenário nacional e também no continental.
A decisão da Libertadores-2021 será disputada no dia 27 de novembro, no estádio Centenário, em Montevidéu, capital do Uruguai. O novo campeão sul-americano poderá disputar o Mundial de Clubes, que ainda não tem sede definida depois que o Japão desistiu de organizá-lo.
Mas antes de se preocuparem com conquista do continente (e talvez até do planeta), Flamengo e Palmeiras ainda têm uma longa agenda de compromissos pela frente nos próximos dois meses.
No Brasileiro, os dois times ainda estão na caça ao Atlético-MG, que tem 46 pontos e lidera a competição. Os alviverdes ocupam a segunda colocação, estão oito pontos atrás e recebem no domingo o Juventude.
Já os rubro-negros do Rio de Janeiro frequentam, no momento, a quarta posição e têm 11 pontos de desvantagem para o líder. Mas estão atrasados na tabela e precisam ir a campo mais duas vezes para atingir o mesmo número de jogos dos mineiros.
A equipe de Renato Gaúcho está viva ainda na disputa de um terceiro título, o da Copa do Brasil. O primeiro jogo das semifinais contra o Athletico-PR (também seu adversário deste fim de semana), está marcado para 20 de outubro. E a segunda partida será jogada na semana seguinte.
Desempenho na temporada*
Manchester City (ING) - 80,3% de aproveitamento
Bayern de Munique (ALE) - 78,5% de aproveitamento
FLAMENGO (BRA) - 73,6% de aproveitamento
Juventus (ITA) - 71,8% de aproveitamento
Paris Saint-Germain (FRA) - 70,2% de aproveitamento
Barcelona (ESP) - 68,5% de aproveitamento
Atlético de Madri (ESP) - 68% de aproveitamento
Real Madrid (ESP) - 66,6% de aproveitamento
Chelsea (ING) - 65,5% de aproveitamento
Manchester United (ING) - 65% de aproveitamento
Inter de Milão (ITA) - 64,6% de aproveitamento
PALMEIRAS (BRA) - 61,7% de aproveitamento
Liverpool (ING) - 61% de aproveitamento
Tottenham (ING) - 70,4% de aproveitamento
Roma (ITA) - 59,1% de aproveitamento
Arsenal (ING) - 56,9% de aproveitamento
*temporada passada, no caso dos clubes europeus
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