Conheça os 10 técnicos que estão há mais tempo no mesmo clube na Europa

Dos 20 clubes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, nada menos que 18 já trocaram de técnico em 2021. E apenas um deles, o Red Bull Bragantino, mantém o mesmo comando há mais de um ano.

Só Maurício Barbieri, contratado em setembro de 2020, e o português Abel Ferreira, que dirige o Palmeiras desde novembro, comemoraram o último Reveillón já com o emprego que possuem hoje em dia.

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Quem acompanha exclusivamente futebol brasileiro e tem os olhos fechados para o que acontece fora das nossas fronteiras deve achar o cenário descrito acima bem normal. Afinal, vida de técnico é assim mesmo: ou dá resultado imediatamente ou é demitido.

Só que, para a sorte e a saúde mental dos treinadores, não é assim que pensam boa parte dos dirigentes dos clubes que disputam os campeonatos mais ricos e poderosos do planeta. Na Europa, por exemplo, a rotatividade nos bancos de reservas é bem menor.

O "Blog do Rafael Reis" vasculhou a primeira divisão das dez ligas nacionais mais importantes do Velho Continente (de Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Portugal, Holanda, Áustria, Rússia e Escócia, segundo os coeficientes da Uefa) e encontrou nada menos que 11 técnicos que já completaram aniversário quatro anos trabalhando no mesmo clube.

Dois deles estão a poucos meses de festejar uma década no cargo. E outros seis já superaram a barreira de cinco temporadas ininterruptas trabalhando com os mesmos dirigentes, integrantes da comissão técnica e parte considerável do elenco de jogadores.

No primeiro escalão europeu, o treinador empregado há mais tempo em uma equipe é o argentino Diego Simeone. Ele comanda o Atlético de Madri desde o dia 23 de dezembro de 2011 e não dá nenhum indício que mudará de ares antes do fim do seu contrato, em 2024.

O ex-volante é responsável por uma das fases mais vitoriosas da história colchonera. Ao longo desses quase dez anos de parceria, o time da capital espanhola ganhou dois títulos nacionais, uma Copa do Rei e duas edições da Liga Europa. Também chegou a duas finais da Liga dos Campeões.

Mas, na Europa, não é necessário ser um acumulador de troféus para conseguir sobreviver durante muito tempo em um clube. O segundo colocado no ranking de longevidade não ganhou nenhuma taça importante.

O alemão Christian Streich trabalha no Freiburg desde 1995. Foi técnico das categorias de base, assistente do time principal e virou o treinador principal apenas seis dias depois de Simeone chegar no Atleti. Seu emprego sobreviveu até mesmo a um rebaixamento para a segunda divisão —voltou para a Bundesliga já na temporada seguinte.

O top 10 dos treinadores mais longevos do futebol europeu alterna nomes desses dois perfis. A turma dos multivencedores, como Simeone, tem ainda Jürgen Klopp (Liverpool) e Pep Guardiola (Manchester City). Já o grupo que "apenas" elevou os nomes dos seus clubes tem Gian Piero Gasperini (Atalanta), Sean Dyche (Burnley) e Thomas Silberberger (Tirol).

Os 10 técnicos mais longevos da Europa*

1 - Diego Simeone (ARG), no Atlético de Madri (ESP) desde dezembro/2011
2 - Christian Streich (ALE), no Freiburg (ALE) desde dezembro/2011
3 - Sean Dyche (ING), no Burnley (ING) desde outubro/2012
4 - Thomas Silberberger (AUT), no Tirol (AUT) desde julho/2013
5 - Jürgen Klopp (ALE), no Liverpool (ING) desde outubro/2015
6 - Álvaro Cervera (ESP), no Cádiz (ESP) desde abril/2016
7 - Gian Piero Gasperini (ITA), na Atalanta (ITA) desde junho/2016
8 - Pep Guardiola (ESP), no Manchester City (ING) desde julho/2016
9 - Daniel Farke (ALE), no Norwich (ING) desde julho/2017
Sérgio Conceição (POR), no Porto (POR) desde julho/2017

*em clubes de 1ª divisão dos 10 principais campeonatos nacionais