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'Novo Pelé' dá aulas particulares de futebol após fracasso na Série D sueca
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Você tem um filho/a que deseja se tornar jogador profissional de futebol e está em busca de um professor particular que o/a ajude a desenvolver as habilidades físicas e técnicas necessárias para realizar esse sonho?
Caso você more no estado norte-americano de Maryland, próximo da capital Washington, uma possibilidade é contratar os serviços de alguém que colecionou participações em Mundiais da Fifa, apareceu na capa do prestigiado jornal "The New York Times" e até chegou a ser chamado de "novo Pelé".
É por meio das aulas privadas que Freddy Adu se mantém próximo ao futebol (e também engorda o orçamento) enquanto busca uma nova oportunidade profissional para dar sequência à sua carreira nos gramados.
O meia-atacante de 32 anos está desempregado desde fevereiro, quando foi dispensado do Österlen FF sem ter disputado sequer uma partida na campanha de título da quarta divisão da Suécia.
"Nós sabíamos que Adu não tinham feito grande coisa nos últimos anos. Por isso, nunca acreditei que ele conquistaria um lugar no time. Para piorar, ele não levou essa experiência a sério: só queria fazer fintas e coisas assim", criticou o presidente do clube, Tom Ekstrom, em entrevista ao jornal sueco "Sportbladet".
O treinador da equipe, Agim Sopi, também disse palavras duras a respeito do reforço midiático do Österlen. "Ele passou quatro semanas com a gente, só participou de um treino completo e saiu mancando. Cometeu erros durante todo o tempo que esteve aqui. Não o vejo com força mental para se recuperar".
Sem nenhum contrato profissional ou emprego fixo desde então, o norte-americano tem ganhado a vida fazendo bicos como influencer na internet e dando aulas particulares de futebol.
Adu possui conta em uma plataforma de relacionamento chamada "Cameo", na qual vende mensagens de textos e vídeos personalizados para fãs conquistados nos tempos em que era apontado como o futuro do futebol. Ele também faz publicidade dos mais variados produtos (como aspiradores de pó e lojas esportivas) em suas redes sociais.
Nascido em Gana, mas vivendo nos Estados Unidos desde a infância, o meia-atacante se tornou muito famoso pelo que fez no começo do século, quando despertou nas pessoas (e nos departamentos de marketing) a ideia de que a soberania de Pelé estava ameaçada e que o futebol poderia ganhar um novo rei.
Ele despontou no cenário internacional quando tinha só 13 anos. Em 2003, ainda no começo da adolescência, disputou os Mundiais sub-17 e sub-20 pela seleção norte-americana. E, mesmo contra adversários bem mais velhos, fez bonito.
Aos 14 anos, já virou jogador profissional. Adu assinou contrato com o DC United e passou a receber o maior salário dentre todos os jogadores da MLS (Major League Soccer), a principal competição de futebol nos Estados Unidos. Foi seu auge.
Desde então, nada mais deu certo na carreira do meia-atacante. Ele até teve esporádicas participações na seleção principal entre 2006 e 2011. Sempre mais pelo nome do que pelo futebol que apresentava.
Foi a fama também que o levou aos mais diversos cantos do mundo. Adu jogou em Portugal, na França, na Grécia, na Turquia, na Sérvia, aqui no Brasil e até no quarto escalão do Campeonato Finlandês. Mas não deu certo em lugar nenhum.
Sua passagem pelo futebol pentacampeão mundial durou só oito meses. Entre março e novembro de 2013, o norte-americano vestiu a camisa do Bahia. Depois de só 130 minutos em campo, foi embora. E, como em todos os lugares que passou, não deixou saudades.
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