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Como Ricardo Oliveira 'formou' o artilheiro das eliminatórias da Copa-2022
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O artilheiro das eliminatórias da Copa do Mundo-2022 não tem a fama de Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Robert Lewandowski, mas contou com a ajuda de um mentor brasileiro para deixar todos esses goleadores para trás.
Autor de 13 gols pela seleção dos Emirados Árabes Unidos no qualificatório asiático, o atacante Ali Mabkhout costuma dizer que aprende a arte de balançar as redes adversárias com Ricardo Oliveira.
O ex-jogador de Atlético-MG, Santos, São Paulo e muitos outros foi seu parceiro de ataque no Al-Jazira durante quatro temporadas. Juntos de 2009 a 2013, eles conquistaram quatro títulos (um campeonato nacional e três copas).
"Quando eu cheguei lá, já me avisaram que ele era uma grande promessa. Então, colei nele. No dia a dia, sempre estávamos muito próximos. E, depois dos treinos, ficávamos fazendo finalizações juntos. É um jogador frio e letal, um cara que não fica nervoso na frente do goleiro", disse Ricardo Oliveira, em entrevista ao "Blog do Rafael Reis".
Após o fim da mentoria que recebeu do antigo parceiro, Mabkhout logo se firmou como um fenômeno do futebol do Oriente Médio. Com um único clube defendido em toda a carreira, o atacante de 31 anos é o maior artilheiro da história do Al-Jazira (181 gols).
Mabkhout também é o detentor do recorde de bolas nas redes pelos Emirados Árabes (78). Entre os jogadores em atividade, apenas Cristiano Ronaldo (115), Messi (80) e o indiano Sunil Chhetri (80) têm mais gols que ele no futebol de seleções.
Nas eliminatórias do Qatar-2022, Mabkhout está com tudo. Ele foi o responsável direto pela metade dos gols anotados por sua seleção e tem três gols de vantagem para o segundo maior artilheiro da competição, o chinês Wu Lei.
Fora da Ásia, os maiores artilheiros do qualificatório são o canadense Cyle Larin e o holandês Memphis Depay, com nove gols.
Apesar da fartura provocada por Mabkhout, os Emirados Árabes estão fora da zona de classificação para a Copa do Mundo. Eles ocupam a quarta colocação do Grupo 4, com três pontos, dois a menos que o Líbano (os dois primeiros da chave vão para o Mundial e o terceiro disputa uma repescagem).
A seleção do artilheiro das eliminatórias já esteve uma vez no torneio mais importante do planeta. Em 1990, na Itália, perdeu os três jogos que disputou e teve a pior campanha entre todos os participantes.
A Copa-2022 conhece até o momento três dos seus 32 participantes. Além do Qatar, classificado por ser país-sede, Alemanha e Dinamarca também já carimbaram o passaporte para a competição.
O torneio será disputado fora do seu período habitual por causa do calor que faz no Oriente Médio no meio do ano. Por isso, começará no dia 21 de novembro e tem a final marcada para 18 de dezembro.
Essa será a última edição do torneio da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, que será disputado em 2026 na América do Norte (Estados Unidos, México e Canadá), serão 48 participantes.
Uma nova mudança pode acontecer em breve. Apesar da rejeição das confederações europeia e sul-americana, a entidade que gerencia o futebol vem tentando emplacar uma proposta para realizar a Copa a cada dois anos. Desde que foi criado, em 1930, o torneio é jogado com quatro anos de diferença de uma edição para a outra.
A única exceção aconteceu no período da Segunda Guerra Mundial, quando houve uma pausa forçada de 12 anos sem que a bola rolasse no torneio.
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