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Como Canadá virou sensação das eliminatórias e pode jogar Copa após 36 anos
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Ao lado de Estados Unidos e México, o Canadá irá receber a Copa do Mundo-2026. No entanto, o país mais ao norte das Américas não parece disposto a esperar mais cinco anos para retornar à principal competição de futebol do planeta.
Com apenas uma participação em Mundiais no currículo (perdeu os três jogos que disputou e foi a última colocada em 1986), a seleção canadense se transformou na sensação das eliminatórias da Concacaf para o Qatar-2022.
O time dirigido pelo inglês John Herdman é o último invicto do qualificatório das Américas Central, do Norte e do Caribe. Com três vitórias e quatro empates na fase final, soma 13 pontos, apenas um a menos que norte-americanos e mexicanos, as duas forças mais tradicionais da região.
Como as eliminatórias da Concacaf distribuem três vagas diretas para a próxima Copa, os canadenses hoje estão dentro da zona de classificação. A vantagem para o Panamá, quarto colocado e que terá de disputar uma repescagem caso permaneça assim, é de dois pontos.
Uma evolução enorme para uma seleção que, antes da atual edição, nem havia alcançado a fase final das eliminatórias da Concacaf neste século. No torneio passado, o classificatório para a Rússia-2018, o Canadá ficou atrás de mexicanos e hondurenhos no seu grupo e parou na penúltima etapa.
O que mudou desde então é que jovens canadenses de alto nível técnico e muita margem de crescimento desembarcaram em clubes importantes da Europa e ganharam a bagagem suficiente que a equipe precisava para desabrochar.
O mais conhecido desses talentos é Alphonso Davies, considerado por muita gente o melhor lateral esquerdo do planeta. Aos 21 anos, ele já se consolidou como destaque do Bayern de Munique, acumula dez títulos na carreira como profissional e até venceu a Liga dos Campeões.
A outra referência técnica da seleção é Jonathan David, também de 21 anos, campeão francês pelo Lille na temporada passada e atual artilheiro da competição (oito gols). Com a camisa da seleção, o atacante tem números absurdos: são 23 partidas disputadas e 18 bolas empurradas para as redes adversárias.
Menos badalado do que a dupla, o também atacante Cyle Larin também é peça importante para o sucesso canadense. Artilheiro das eliminatórias da Concacaf, com nove gols, ele joga no Besiktas, foi campeão turco na última temporada e é outro que está atualmente disputando a Champions.
Além do Qatar, classificado por ser o país-sede, outras oito seleções já asseguraram presença no Mundial do próximo ano graças a campanhas vitoriosas nas eliminatórias: Alemanha, Dinamarca, Brasil, Bélgica, Croácia, Sérvia, Espanha e a atual campeã, França.
A Copa-2022 será disputada fora do seu período habitual por causa do calor que faz no Oriente Médio no meio do ano. Por isso, começará no dia 21 de novembro e tem a final marcada para 18 de dezembro.
Essa será a última edição do torneio da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, justamente o que terá o Canadá como uma das sedes, serão 48 participantes.
Uma nova mudança pode acontecer em breve. Apesar da rejeição das confederações europeia e sul-americana, a entidade que gerencia o futebol vem tentando emplacar uma proposta para realizar a Copa a cada dois anos. Desde que foi criado, em 1930, o torneio é jogado com quatro anos de diferença de uma edição para a outra.
A única exceção aconteceu no período da Segunda Guerra Mundial, quando houve uma pausa forçada de 12 anos sem que a bola rolasse no torneio.
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