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Libertadores: Palmeiras tenta igualar feito só obtido pelo Boca no século
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No dia 30 de janeiro, o Palmeiras derrotou o Santos por 1 a 0, com gol marcado por Breno Lopes, já nos acréscimos do segundo tempo, e conquistou o título da Copa Libertadores da América-2020.
Dez meses mais tarde, a mesma base que se consagrou campeã sul-americana no começo do ano enfrenta o Flamengo, sábado, no estádio Centenário, em Montevidéu (URU), para tentar ser apenas o segundo clube neste século a emendar dois títulos consecutivos da competição mais importante do nosso continente.
Já faz 20 anos que a Libertadores não tem um bicampeão de fato. E o último time a conseguir esse feito, o Boca Juniors de 2000 e 2001, é lembrado até hoje como um dos eventos mais poderosos e temidos que passaram pelo futebol sul-americano nas últimas décadas.
Quase todos os jogadores utilizados pelo técnico Carlo Bianchi nas duas finais seguidas das quais saiu vitorioso (a primeira, contra o Palmeiras, e a segunda, ante Cruz Azul, do México) chegaram a jogar pela seleção principal dos seus países.
E vários deles construíram trajetória das mais vitoriosas no futebol internacional. O goleiro Óscar Córdoba, por exemplo, disputou duas Copas do Mundo pela Colômbia. Já o zagueiro argentino Walter Samuel passou nove anos vestindo a camisa da Inter de Milão e até ganhou uma Liga dos Campeões da Europa pelos italianos.
Mas a estrela da companhia era o meia Juan Román Riquelme, um dos maiores ídolos da história recente do Boca. Dono da camisa 10, ele centralizava todas as jogadas ofensivas do time de Buenos Aires e foi fundamental nas campanhas vitoriosas (fez seis gols e deu duas assistências na soma das duas Libertadores).
O meio-campista se transferiu para o Barcelona em 2002, foi semifinalista da Champions com o modesto Villarreal e ainda ganhou mais uma edição do torneio sul-americano (2007) depois que retornou ao Boca. Aposentado desde 2014, atualmente ocupa o cargo de vice-presidente do clube.
Só que, apesar do elenco peso pesado que possuía na época e da mística em torno do seu estádio, a La Bombonera, o Boca não teve um caminho tão tranquilo assim para chegar ao bicampeonato.
Para começar, suas conquistas foram decididas nas disputas de pênalti (4 a 2 frente ao Palmeiras e 3 a 1 contra o Cruz Azul). Além disso, conseguiu vencer as duas partidas em apenas um dos oito mata-matas aos quais sobreviveu. Nos outros, quase sempre passou por algum tipo de sufoco.
Após o bicampeonato do Boca, três clubes bateram na trave corrida pelo bicampeonato. A própria equipe da Bombonera ficou com o título em 2003 e perdeu para o Once Caldas na final do ano seguinte. Depois, o São Paulo faturou a taça de 2005 e foi derrotado pelo Internacional na decisão de 2006.
O último time a repetir essa trajetória (que o palmeirense espera ser quebrada no fim de semana) foi o River Plate. Em 2018, ele venceu o clássico contra o Boca e levantou o troféu. Mas, na decisão da temporada seguinte, acabou levando uma virada do Flamengo e terminou com o vice-campeonato.
Pela terceira vez na história, o futebol brasileiro vai emendar três títulos consecutivos da Libertadores. Entre 1997 e 1999, Cruzeiro, Vasco e Palmeiras colocaram o país do futebol no topo do pódio do torneio sul-americano. De 2010 a 2013, Internacional, Santos, Corinthians e Atlético-MG construíram uma hegemonia ainda maior.
O campeão continental de 2021 vai levantar o troféu da competição número um da Conmebol pela terceira vez e igualar o recorde de São Paulo, Santos e Grêmio, os maiores vencedores vindos do Brasil.
Melhor time da América do Sul em 1999 e 2020, o Palmeiras também chegou à final em 1961, 1968 e 2000. Já o Flamengo saiu de campo vitorioso nas duas decisões que disputou: 1981 e 2019.
O vencedor da Libertadores-2021 ainda não sabe quando irá disputar o Mundial de Clubes. A próxima edição do torneio será realizada nos Emirados Árabes, em fevereiro do próximo ano. No entanto, as datas oficiais ainda não foram divulgadas pela Fifa.
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