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Por que Palmeiras e Fla evitam mercado local e preferem reforços de fora?
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O Palmeiras já acertou a contratação de dois reforços para a próxima temporada, e um deles veio do exterior: o volante colombiano Eduard Atuesta, que jogava no Los Angeles FC, da MLS norte-americana. Além disso, só não contratou o zagueiro chileno Valber Huerta, da Universidad Católica, porque ele foi reprovado nos exames médicos.
O Flamengo ainda não fez nenhuma mudança radical no seu elenco para 2022. Por enquanto, a preocupação é com a chegada de um novo técnico. E a única certeza é que ele não será brasileiro.
Vencedores das três últimas edições da Copa Libertadores da América e clubes mais poderosos do futebol pentacampeão mundial nos últimos tempos, o Alviverde paulista e o Rubro-Negro carioca compartilham de uma mesma filosofia no Mercado da Bola.
Apesar de terem mais dinheiro disponível do que a maioria dos outros times do Brasil e, por isso, serem capazes de contratar jogadores de rivais nacionais, Fla e Palmeiras têm optado por agir pouco no mercado interno.
Ao longo das últimas temporadas, as duas equipes que têm dominado o futebol sul-americano estão priorizando a busca de novos atletas e treinadores fora de suas fronteiras, em outros países, especialmente na América do Sul e na Europa.
Mais da metade dos 11 titulares escalados pelo Fla na final da última Libertadores, no mês passado, jogavam em times estrangeiros quando foram recrutados para defender o Rubro-Negro: Diego Alves, Mauricio Isla, David Luiz, Filipe Luís, Andreas Pereira e Éverton Ribeiro.
Já o Palmeiras passou mais de um ano inteiro sem contratar nenhum jogador de time brasileiro entre a chegada de Breno Lopes (novembro de 2020) e o acerto com o goleiro Marcelo Lomba, anunciado ontem.
A preferência dada pelos dois clubes a reforços (tanto para dentro de campo, quanto para cargos de comissão técnica) estrangeiros ou brasileiros que estavam no exterior tem pelo menos duas explicações.
A primeira é uma certa escassez de nomes interessantes no cenário nacional. Afinal, não são tantos jogadores assim em atividade no Brasil (talvez com exceção daqueles que hoje jogam no Atlético-MG, atual campeão nacional) que chegariam a Flamengo ou Palmeiras para resolver problemas, ou seja, como titulares indiscutíveis.
E aqueles poucos que seriam capazes de fazer diferença nos dois clubes custam caro demais porque são atletas já consagrados que retornaram ao país em fim de carreira com salários inflacionados ou jovens com alto potencial de venda para a Europa (e que podem ser negociados diretamente com o exterior).
Diante desse cenário, as duas equipes optam por fazer negócios que consideram de melhor custo-benefício. O Fla prefere ir ao Velho Continente resgatar brasileiros que estejam sem muito espaço por lá, enquanto o Palmeiras prefere garimpar em clubes do próprio continente (que normalmente têm menos grana para fazer jogo duro nas negociações).
Os dois finalistas da última Libertadores têm ainda mais de um mês de férias e preparativos antes do início da próxima temporada. O primeiro compromisso oficial palmeirense de 2022 será contra a Ponte Preta, no dia 26 de janeiro, pelo Campeonato Paulista. No mesmo dia, o Flamengo estreia no Estadual do Rio ante a Portuguesa.
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