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Como chegadas de Messi e Cristiano Ronaldo pioraram PSG e Manchester United
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Quatro meses atrás, os torcedores de Paris Saint-Germain e Manchester United receberam os presentes que há tanto tempo esperavam. Os franceses conseguiram atrair Lionel Messi para seu projeto bilionário. Já os ingleses, enfim, repatriaram Cristiano Ronaldo, um dos seus maiores ídolos deste século.
Contratar os melhores jogadores da história recente do futebol mundial fez os dois clubes surfarem uma onda de certeza de sucesso nesta temporada. Afinal, ter um time liderado pelo craque argentino ou pelo artilheiro português era algo não tinha como dar errado.
Só que está dando. Tanto o PSG quanto o United patinaram muito mais do que esperavam na primeira metade das competições de 2021/22. E estão tendo resultados até mesmo inferiores aos registrados um ano atrás, quando ainda não tinham Messi ou CR7.
O time parisiense até melhorou seu desempenho no Campeonato Francês (somou sete pontos a mais nas primeiras 19 rodadas do que na temporada anterior). Só que na Liga dos Campeões da Europa, o torneio que realmente importa pelos lados do Parc des Princes, a situação foi bem diferente.
Pela primeira vez em cinco anos, o PSG não terminou a fase de grupos da Champions como líder da sua chave. A equipe dirigida por Mauricio Pochettino até avançou para as oitavas de final, mas ficou atrás do Manchester City.
A equipe somou 11 pontos nas seis partidas válidas pela etapa inicial, sua pontuação mais baixa desde que voltou a frequentar o torneio interclubes mais importante do planeta, lá na temporada 2012/13.
Mesmo com o trio de ataque mais badalado do mundo, com Messi acompanhado de Kylian Mbappé e Neymar, os franceses marcaram apenas 13 vezes na competição, sua pior performance na década. Os parisienses só conseguiram uma goleada: 4 a 1 sobre o Brugge, na última rodada, quando as vagas do grupo já estavam definidas.
Já o Manchester United teve uma queda violenta no Campeonato Inglês, competição que venceu pela última vez em 2013 e que é sua prioridade atual, depois da recontratação de Cristiano Ronaldo.
Sem CR7, os "Red Devils" somaram 33 pontos nas 16 primeiras partidas da temporada passada e travavam uma briga cabeça a cabeça com o Liverpool pela liderança do torneio. Nesta, já reforçados pelo português, acumulam 27 pontos e já estão 17 atrás do Manchester City.
Também protagonizaram dois vexames históricos: foram goleados por 5 a 0 pelo Liverpool, seu arquirrival histórico, e levaram 4 a 1 do Watford, que luta contra o rebaixamento. A sequência de resultados ruins custou o emprego do técnico Ole Gunnar Solskjaer, que foi substituído pelo interino Ralf Ragnick, cujo contrato vai só até junho.
Hoje fora da zona de classificação para a Champions, o United corre risco de repetir os fiascos de 2016/17 e 2019/20, quando não conseguiu vaga para o mais cobiçado torneio do futebol interclubes.
O PSG tem agora direito a um descanso de fim de ano para recuperar as forças antes da metade decisiva da temporada. Seu próximo compromisso está marcado para 3 de janeiro, contra o modesto Vannes, da quarta divisão, pela Copa da França. Na Ligue 1, só volta a campo no dia 9, no clássico contra o Lyon.
Já o United nem poderá usufruir de uma folga para tentar a correção de rota. Cristiano Ronaldo e seus companheiros ainda têm mais duas partidas da Premier League inglesa pela frente antes do Réveillon: contra Newcastle e Burnley, na segunda e quinta-feira da semana que vem, respectivamente.
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