Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
3 motivos para Salah vencer a eleição de melhor jogador do mundo
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Lionel Messi, Mohamed Salah ou Robert Lewandowski. Um desses três astros do primeiro escalão do futebol mundial será anunciado na segunda-feira como o melhor jogador do planeta na temporada 2020/21.
Assim como aconteceu no ano passado, a cerimônia do "The Best", prêmio da Fifa que destaca os grandes nomes da modalidade, será realizada sem presença de público em virtude da pandemia da covid-19.
Desta vez, a participação brasileira na festa será bastante reduzida. O único representante do país pentacampeão mundial indicado é Alisson (Liverpool), que concorre ao troféu de melhor goleiro pela terceira temporada consecutiva.
A partir de hoje, o "Blog do Rafael Reis" irá elencar os motivos pelo qual cada um dos candidatos ao posto de maior jogador do planeta merece ser premiado. Para começar, vamos mostrar as razões que podem levar Salah ao topo do mundo.
Amanhã, será a vez de fazer o mesmo com Messi. E, na segunda-feira, dia da premiação, mostraremos por que Lewandowski é forte candidato ao bicampeonato.
3 motivos para Salah ser o melhor do mundo
OUTRO PATAMAR
Na temporada passada, Salah fez 31 gols, menos que Lewandowski (58) e Messi (52). Também participou de bem menos jogadas que terminaram com bolas na rede do que seus adversários do "The Best": 37, contra 48 do polonês e 38 do argentino. A diferença é que Salah atuou no Campeonato Inglês, o mais forte do planeta e enfrentou semanalmente adversários muito mais qualificados do que os encontrados na Alemanha e na Espanha. É difícil mensurar o tamanho exato dessa diferença. Mas que o nível de dificuldade da Premier League está em outro patamar... bem, isso é quase inquestionável.
NA HORA CERTA?
A eleição de melhor jogador do planeta é relativa à temporada passada. Ou seja, tudo que aconteceu no futebol mundial nos últimos cinco meses não deveria ser levado em conta na hora da definição dos vencedores do prêmio. O problema é que os votos dessa eleição foram dados entre novembro e dezembro, ou seja, no calor do que já vem acontecendo na atual temporada. E essa bagunça temporal é muito positiva para Salah. Afinal, a bola que o egípcio tem jogado desde agosto é muito maior do que o futebol que ele vinha apresentando no período em que deveria ser analisado. A média de gols do atacante pelo Liverpool desde agosto é de quase 1 por jogo (23 tentos em 26 partidas). Além disso, o camisa 11 lidera a artilharia do Campeonato Inglês e é o terceiro maior goleador da Liga dos Campeões da Europa.
DIVERSIDADE
Esta é a 31ª vez que a Fifa irá escolher o jogador número um do mundo. Das 30 edições anteriores do prêmio, 29 foram vencidas por atletas sul-americanos ou europeus. A única exceção aconteceu em 1995, quando o liberiano George Weah levou o único troféu para a África. Por isso, a expectativa por uma nova vitória africana é enorme. Mesmo que Salah não tenha tido tanto destaque individual quanto Messi e Lewandowski ao longo da temporada passada, o egípcio certamente será votado em peso por seus companheiros de continente, sedentos para vê-lo no topo. E a África tem 54 nações filiadas à Fifa. É gente demais pré-disposta a dar o prêmio para Salah.
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