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Quem é o zagueiro que a seleção italiana tirou do Brasil na insistência?
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A Itália precisou esperar dois anos e dez meses para receber o sim do zagueiro Luiz Felipe, da Lazio.
Nascido em Colina, no interior do estado de São Paulo, e radicado na Europa desde 2016, o defensor de 24 anos é uma das novidades da semana de treinos e observações que a seleção italiana está fazendo nesta Data Fifa para se preparar para a repescagem europeia da Copa do Mundo-2022.
Além do jovem zagueiro paulista, o atacante João Pedro (Cagliari) é outro jogador oriundo do Brasil que está sendo testado pela primeira vez pelo técnico Roberto Mancini. A lista de convocados também trouxe uma surpresa: o retorno do atacante Mario Balotelli, atualmente no Adana Demirspor, da Turquia.
Durante a semana de treinos, Luiz Felipe está vestindo o uniforme da Azzurra pela primeira vez. Mas, caso ele quisesse, essa já poderia ser uma cena corriqueira na sua carreira há um bom tempo.
A primeira vez que o zagueiro foi convocado por uma seleção italiana foi em março de 2019. Na ocasião, o jogador recusou o convite para defender o time sub-21 da Azzurra e até postou um texto em suas redes sociais declarando que sua prioridade era defender o seu país-natal.
"Depois de muita reflexão, necessária para uma decisão tão delicada, e agradecido por ter a oportunidade de defender uma camisa tão prestigiada como a da Itália, optei por jogar pela seleção brasileira", escreveu.
Luiz Felipe passou quase três anos esperando por um chamado de Tite. Conseguiu vaga na seleção olímpica e só não foi para os Jogos de Tóquio-2020 porque a Lazio não liberou. Mas, como a convocação para a seleção principal não chegou, resolveu abandonar sua antiga convicção e ceder às investidas europeias.
Revelado nas categorias de base do Ituano, o defensor tem cidadania italiana por conta da sua família materna (seu avô, que se chama Ernesto Spiandore, nasceu na Itália). Ele chegou à Lazio quando tinha 19 anos e foi emprestado à Salernitana durante uma temporada para ganhar experiência.
O zagueiro virou titular da equipe romana em 2018 e rapidamente se tornou um dos jogadores mais valorizados do elenco. Como seu contrato termina no fim da temporada, Luiz Felipe tem visto seu nome aparecer diariamente em especulações sobre o futuro na imprensa europeia.
Barcelona, Paris Saint-Germain, Milan, Inter de Milão e Juventus são alguns clubes do primeiro escalão do cenário internacional que já foram apontados como o possível destino de Luiz Felipe. A decisão sobre qual será seu próximo time deve acontecer só após o encerramento da temporada.
Depois de ficar fora da Copa do Mundo da Rússia-2018, a Itália está novamente ameaçada de não participar do principal torneio do calendário quadrienal do futebol. A Azzurra ficou atrás da Suíça nas eliminatórias europeias e, com isso, terá de jogar sua classificação em uma repescagem contra outras três seleções.
Primeiro, os comandados de Mancini terão de enfrentar a Macedônia do Norte, em 24 de março. Cinco dias depois, medirão forças contra o vencedor do confronto entre Portugal e Turquia. Apenas o campeão desta chave de mata-mata ficará com a vaga para o Mundial deste ano.
Até o momento, 14 seleções já estão garantidas na competição. Além do Qatar, classificado por ser país-sede, Alemanha, Dinamarca, Brasil, França, Bélgica, Croácia, Espanha, Sérvia, Inglaterra, Suíça, Holanda, Argentina e Irã também já selaram suas presenças.
A Copa-2022 será disputada fora do seu período habitual por causa do calor que faz no Oriente Médio no meio do ano. Por isso, começará no dia 21 de novembro e tem a final marcada para 18 de dezembro.
Essa será a última edição do torneio da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes.
Uma nova mudança pode acontecer em breve. Apesar da rejeição das confederações europeia e sul-americana, a entidade que gerencia o futebol vem tentando emplacar uma proposta para realizar a Copa a cada dois anos.
Desde que foi criado, em 1930, o torneio é jogado com quatro anos de diferença de uma edição para a outra. A única exceção aconteceu no período da Segunda Guerra Mundial, quando houve uma pausa forçada de 12 anos sem que a bola rolasse.
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