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Quem é o ex-jogador do Palmeiras que é o 'Manchester City' no Mundial?
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O Chelsea venceu a última edição da Liga dos Campeões da Europa é o representante da Europa no Mundial de Clubes, que começa nesta quinta-feira, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
No entanto, o meia-atacante brasileiro Victor Sá irá a campo no torneio da Fifa para defender os interesses de um outro clube inglês que, inclusive, hoje é um dos maiores rivais dos "Blues": o Manchester City.
O jogador de 27 anos é um dos principais nomes do elenco do Al-Jazira, atual campeão nacional do país-sede do Mundial, que faz o jogo de abertura da competição contra o representante da Oceania, AS Pirae (Taiti). E que tem como dono o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, justamente o cara que coloca dinheiro no líder da Premier League inglesa.
"Os dois clubes têm o mesmo dono. Até acontecem algumas formas de intercâmbio. O Pep Guardiola [treinador do City] já veio aqui para dar uma oficina para a nossa comissão técnica", afirmou o camisa 29, em entrevista por telefone do "Blog do Rafael Reis".
Apesar de ter o mesmo dono do gigante inglês, o Al-Jazira não faz parte do City Football Group, holding que administra times "irmãos" do Manchester ao redor do mundo. A equipe dos Emirados Árabes veio antes de toda essa expansão internacional e foi a primeira aventura do xeque na modalidade.
Nas mãos de um dos homens mais poderosos de Abu Dhabi desde a primeira metade dos anos 2000, o clube tem hoje potencial financeiro para buscar reforços na Europa, como Victor Sá, que passou dois anos no Wolfsburg e disputou 53 partidas do Campeonato Alemão até ser contratado, em agosto.
"Eles realmente têm muito dinheiro e são bem generosos na hora das premiações. Ainda não sabemos o que vão nos oferecer no Mundial, já que nos avisam bem em cima da hora. Mas, com certeza, vai ser algo muito bom."
Mas o possível "bicho" bem gordo não é a única motivação de Victor Sá no Mundial. Ele pretende aproveitar a visibilidade do torneio para ficar mais conhecido no Brasil e também para se mostrar para a torcida do primeiro clube que defendeu como profissional.
O meia-atacante encerrou sua formação como jogador no Palmeiras, o representante brasileiro no torneio da Fifa. Em 2014, sem oportunidades na equipe principal, acabou liberado para atuar no interior paulista. No ano seguinte, rumou para a Europa e ficou quatro temporadas na Áustria até ser descoberto pelo Wolfsburg.
"Ainda não tenho planos de voltar para o Brasil, mas sei que essa é uma importante vitrine, já que todo mundo por aí acompanha o Mundial. É algo que pode abrir as portas para mim", disse Victor Sá, antes de responder para que equipe torceria na competição.
"Em primeiro lugar, sou Al Jazira e vou fazer de tudo para irmos o mais longe possível na competição. Mas, com certeza, se acontecer de a gente for eliminado, vou continuar acompanhando o Palmeiras. Sou brasileiro, né?"
O vencedor do confronto entre Al-Jazira e Pirae irá enfrentar o Al-Hilal (Arábia Saudita) nas quartas de final. É dessa partida que sairá o adversário do Chelsea, que estreia direto na semifinal. O outro lado da chave do Mundial tem Palmeiras, Al-Ahly (Egito) e Monterrey (México).
Uma das curiosidades desta edição é que o torneio da Fifa terá necessariamente um campeão inédito. O Chelsea, favorito à taça, disputou a competição em 2012, mas foi derrotado na final pelo Corinthians. Já o Palmeiras, em tese a segunda força na briga pelo título, passou vergonha no ano passado e terminou apenas na quarta colocação.
Originalmente, o Mundial-2021 seria disputado em dezembro passado. No entanto, o campeonato precisou ser adiado depois que o Japão desistiu de organizá-lo por causa da pandemia da covid-19. Com a alteração, os campeões continentais irão medir forças entre 3 e 12 de fevereiro.
Foi essa mudança que possibilitou a entrada na competição de Victor Sá, do Al-Jazira e, consequentemente, do Manchester City.
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