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Por que os times da Red Bull são os que mais cometem faltas na Champions?
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Uma das principais novidades da elite do futebol das últimas décadas, os clubes bancados pela Red Bull têm feito barulho no cenário internacional pelo trabalho de detecção, formação e valorização de jovens talentosos aliados à prática de um jogo ofensivo, de busca constante pelo gol.
Mas a atual edição da Liga dos Campeões da Europa tem exposto um outro lado do modelo de futebol utilizado pelas equipes da empresa de energéticos: o gosto pelo tornozelo (mas pode ser também joelho, canela ou qualquer outra parte do corpo) dos adversários.
O Red Bull Salzburg, que recebe o Bayern de Munique, hoje, na Áustria, no confronto de ida das oitavas de final foi simplesmente o time mais faltoso da fase de grupos do torneio interclubes mais rico e badalado do planeta.
E seu coirmão alemão, o já eliminado RB Leipzig (que vai enfrentar a Real Sociedad, a partir de amanhã, pela Liga Europa), ocupa a segunda colocação nesse ranking.
Só nas primeiras seis partidas da Champions 2021/22, o atual octacampeão austríaco cometeu nada menos que 101 faltas, quatro a mais que o outro time da Red Bull que disputou a competição neste ano.
Para se ter uma ideia de como esses números fogem do padrão da competição, o Bayern cometeu até o momento 76 infrações. E, com exceção do Salzburg, a equipe mais faltosa dentre as classificadas para a fase final, o Ajax, teve 85 interrupções de jogo durante a fase de grupos.
Dos dez jogadores mais faltosos do torneio continental, três vestem a camisa do Red Bull austríaco. O meia Nicolas Seiwald ocupa a quarta colocação (15). O lateral direito Rasmus Kristensen aparece em sexto (13) e o lateral esquerdo Andreas Ulmer é o nono (12).
Mas, apesar de abusar das faltas, o Salzburg até que é um time relativamente disciplinado. Os comandados de Mathias Jaissle ainda não tiveram nenhum jogador expulso na Champions e foram só o nono clube que mais recebeu cartões amarelos (16) na etapa classificatória.
À primeira vista, esses dados até parecem paradoxais. Mas, na verdade, eles refletem exatamente o que é o estilo de jogo defendido pela Red Bull e replicado por todos os times pertencentes à família: Salzburg, Leipzig, Bragantino e New York.
Nenhum desses times é violento e se utiliza da intimidação física para se impor sobre os adversários. O alto número de faltas que eles cometem é um efeito colateral do pesado sistema de marcação sob pressão do qual são adeptos.
Para resumir: as equipes da Red Bull adotam uma pressão tão intensa na ânsia de recuperar rapidamente a bola que muitas vezes erram o bote e acabam cometendo infrações. Essas faltas também são usadas taticamente para evitar que o rival saia em velocidade nos contra-ataques.
E essa característica não é exclusiva dos clubes que utilizam o uniforme do Touro Vermelho. Pep Guardiola, o papa desse estilo de jogo, já foi várias vezes criticado por treinadores adversários justamente porque suas equipes exageram na dose e cometem muitas faltas para não permitir a progressão dos rivais.
Depois de duas temporadas com alterações no local da decisão devido à pandemia da covid-19, o torneio continental espera que, desta vez, o planejamento da Uefa possa ser seguido à risca. Se nada de diferente acontecer nos próximos meses, o próximo campeão europeu será conhecido no dia 28 de maio, no estádio Krestovsky, em São Petersburgo (Rússia).
Champions - oitavas de final (jogos de ida)
Ontem - Paris Saint-Germain 1 x 0 Real Madrid, na França
Ontem - Sporting 0 x 5 Manchester City, em Portugal
Hoje, às 17h - Red Bull Salzburg x Bayern de Munique, na Áustria
Hoje, às 17h - Inter de Milão x Liverpool, na Itália
22/02 - Chelsea x Lille, na Inglaterra
22/02 - Villarreal x Juventus, na Espanha
23/02 - Atlético de Madri x Manchester United, na Espanha
23/02 - Benfica x Ajax, em Portugal
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