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7 técnicos estrangeiros para assumir a seleção depois da saída de Tite
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O anúncio de que Tite deixará o comando da seleção brasileira depois da Copa do Mundo do Qatar-2022 deixou muita gente empolgada com a possibilidade de ver um Pep Guardiola (Manchester City) ou Jürgen Klopp (Liverpool) à frente do escrete canarinho.
O problema é que convencer um treinador do primeiro escalão do futebol europeu e que está vivendo o auge da sua carreira a abandonar o futebol dos clubes para se dedicar uma seleção (por maior que seja) é uma tarefa quase impossível. E não depende exclusivamente de dinheiro.
Por isso, o "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete opções mais realistas de técnicos estrangeiros (já que os brasileiros estão parecendo uma opção a cada dia mais distante) para suceder Tite e comandar o "país do futebol" no ciclo do Mundial-2026.
JORGE JESUS
Português
67 anos
Desempregado
O nome mais óbvio da lista. Já trabalhou no Brasil e mandou tão bem por aqui (foi campeão nacional e da Libertadores por um Flamengo que jogava bonito e sobrava contra a maioria dos adversários) que ficou perto de se transformar em unanimidade. Jorge Jesus também tem uma outra característica que há tempos anda em falta na seleção: gosta de times que façam questão de controlar o ritmo da partida e se impor sobre os rivais. Nem mesmo sua recente passagem desastrosa pelo Benfica (foi contratado para recolocar o clube entre os grandes da Europa e terminou como terceira força de Portugal) foi suficiente para queimar seu filme. Ainda que não seja o escolhido da CBF, Jesus certamente será um nome muito citado nos próximos meses como o de candidato número um a comandar a ser o substituto de Tite.
ABEL FERREIRA
Português
43 anos
Palmeiras (BRA)
O segundo responsável direto pela "invasão" de treinadores portugueses no futebol brasileiro também tem no sucesso que fez/faz deste lado do Oceano Atlântico seu maior triunfo para dirigir a seleção. Em menos de um ano e meio à frente do Palmeiras, Abel Ferreira já ganhou duas Libertadores (o dobro do que o clube havia conseguido em toda a sua história anterior no torneio). Mas, por conta do estilo mais pragmático de futebol do qual é adepto, o ex-lateral do Sporting não é um nome que consegue contagiar tanto as torcidas adversárias (algo que Jesus conseguiu enquanto dirigiu o Flamengo). O contrato de Abel com o atual bicampeão sul-americano termina em dezembro, justamente quando o cargo na seleção ficará vago. O Palmeiras até tem uma cláusula de extensão automática do vínculo por mais um ano, mas ela dificilmente será um empecilho caso o comando do futebol brasileiro deseje requisitar os serviços do português.
JORGE SAMPAOLI
Argentino
61 anos
Olympique de Marselha (FRA)
Talvez seja difícil imaginar um argentino no comando da seleção brasileira. Mas, dentre todos os treinadores do país de Diego Maradona e Lionel Messi, nenhum deve encontrar rejeição menor por aqui que Jorge Sampaoli. O comandante do Olympique de Marselha foi duas vezes vice-campeão brasileiro (uma com o Santos e outra o Atlético-MG) e sempre recebeu muitos elogios por gostar de praticar um futebol impositivo e moderno. Além disso, o já sessentão tem experiência de sobra no mundo das seleções e trabalhou nas duas últimas Copas (2014, com o Chile, e 2018, com a Argentina). Apesar de ter contrato com o OM até o fim da temporada 2022/23, Sampaoli tem um histórico que leva a crer que aceitaria sim trocar o clube francês pela missão de dirigir a seleção mais vitoriosa do futebol mundial.
JOACHIM LÖW
Alemão
62 anos
Desempregado
É verdade que o campeão da Copa-2014 com a Alemanha não fala português. Mas o idioma não é uma barreira tão grande assim perto das contribuições que Löw poderia dar à seleção. Afinal, será que alguém conhece mais as deficiências do futebol brasileiro do que o homem que foi capaz de aplicar uma goleada por 7 a 1 sobre ele na semifinal de um Mundial? O alemão está com a carreira paralisada desde o fim da Euro-2020, no ano passado, quando encerrou sua trajetória de uma década e meia à frente do time germânico. O nome de Löw certamente aparecerá no radar de vários clubes na próxima janela de transferências. Portanto, se pensa em contratar o vitorioso treinador alemão, é bom a CBF começar rápido a conversar com ele.
JOSÉ MOURINHO
Português
59 anos
Roma (ITA)
Os últimos trabalhos do "Special One" dão a impressão de que ele é um treinador decadente. Realmente, Mou já viveu dias bem melhores que os atuais. No entanto, é preciso lembrar que o nível de competitividade dos técnicos das seleções normalmente é inferior ao do primeiro escalão do futebol de clubes. Além disso, o português provavelmente só aceitaria um convite para treinar o Brasil justamente porque é cada vez mais carta fora do baralho dos Manchester City, Paris Saint-Germain e Chelseas da vida. Mourinho é um dos treinadores mais influentes do século, venceu a Liga dos Campeões por dois clubes diferentes (Porto e Inter de Milão) e já foi campeão nacional em quatro países (Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha). Um currículo enorme e impecável, só talvez manchado pela fama de retranqueiro e pela fase ruim em que sua carreira se encontra.
LUIS ENRIQUE
Espanhol
51 anos
Espanha
Contatar Guardiola talvez seja uma missão impossível neste momento. Mas, isso não significa que a seleção não possa ser treinada por alguém acostumado à escola espanhola de manutenção a todo custo da posse de bola. Luis Enrique já dirigiu Neymar, venceu uma Liga dos Campeões no comando do Barcelona e tem feito um belo trabalho de renovação da seleção do seu país-natal. E a boa notícia para quem quer vê-lo comandando jogadores brasileiros a partir do próximo ano é que ele também ficará livre do seu contrato com a Espanha depois do Mundial do Qatar. Ou seja, não há nenhum empecilho legal para sua contratação.
MARCELO GALLARDO
Argentino
46 anos
River Plate (ARG)
O treinador de maior sucesso no futebol sul-americano nos últimos anos talvez seja areia demais para o caminhãozinho dos clubes brasileiros (Palmeiras e Flamengo já tentaram contratá-lo, mas ficaram a ver navios). Mas, com a seleção, a conversa pode ser bem diferente. O "Muñeco" acabou de renovar contrato com o River Plate. No entanto, seu novo vínculo tem apenas um ano de duração e acaba junto com o acordo de Tite com a CBF. Gallardo tem o mesmo inconveniente de Sampaoli (ser argentino). Mas, apesar de jamais ter trabalhado no Brasil, também tem um nome que já se tornou suficientemente pesado para derrubar essa barreira com os torcedores do futebol pentacampeão mundial. A bola jogada pelo River desde 2014 certamente ajuda diminuir esse preconceito.
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