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5 investidores estrangeiros com boas chances de comprar clubes no Brasil
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Cruzeiro, Botafogo e Vasco já criaram suas SAFs (Sociedades Anônima do Futebol), transformaram seus times de futebol em empresas e venderam o comando deles para investidores interessados em transformá-los em um negócio lucrativo.
Várias outras forças importantes do cenário nacional, como Athletico-PR e Bahia, pretendem seguir o mesmo caminho e estão com projetos de formatação de clube-empresa em fase de estudo de viabilidade.
Mas quem vai colocar dinheiro nas várias SAFs que devem surgir no futebol brasileiro nos próximos meses?
O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo cinco grupos ou empresários que já têm experiência na área (são proprietários de clubes no exterior) e que possuem bons motivos para também investir no país pentacampeão mundial.
CITY GROUP
É o bilhete dourado que a maioria esmagadora dos projetos de SAF no Brasil gostaria de encontrar. Financiado por dinheiro da família real de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), o conglomerado tem como principal expoente o Manchester City, clube que ganhou cinco títulos ingleses e foi uma vez finalista da Liga dos Campeões da Europa desde que foi para suas mãos. No total, o grupo é dono de nove times de quatro continentes e está presente na primeira divisão da França (Troyes), na segundona da Espanha (Girona) e na Major League Soccer (New York City). Aqui no Brasil, estuda duas possibilidades de entrada: uma de apenas investir dinheiro em uma equipe mais consolidada no cenário nacional e outra de pegar um time pouco relevante, rebatizá-lo, trocar o uniforme e identidade visual, ou seja, praticamente recomeçar do zero.
FOSUN INTERNATIONAL
É difícil encontrar um tipo de negócio no qual esses chineses não estejam envolvidos. Sua carteira de investimentos passa por setor financeiro, indústria farmacêutica, tecnologia, moda e alcança até mesmo o globalmente famoso Cirque du Soleil. No futebol, o Fosun Internacional é dono do Wolverhampton, clube da Inglaterra que investe massivamente na contratação de jogadores portugueses por conta da proximidade com o badalado empresário Jorge Mendes, o mesmo que conduz a carreira de Cristiano Ronaldo. E é justamente por conta da parceria com esse agente, que sempre teve olheiros trabalhando no Brasil para encontrar jovens talentos e levá-los para Portugal, que o conglomerado chinês pode se interessar em diversificar ainda mais sua atuação e colocar dinheiro em um clube do país.
FAMÍLIA POZZO
Giampaolo, o patriarca da família é dono da Udinese desde a década de 1980. Seu filho Gino comanda o Watford, da primeira divisão inglesa. E eles já foram donos também do Granada, da Espanha, hoje em mãos chinesas. O modelo de gestão dos Pozzo sempre foi baseado na ideia de encontrar jogadores jovens talentosos, sobretudo na América do Sul, amadurecê-los nos clubes da família (muitas vezes, em mais de um), revendê-los para equipes mais poderosas e utilizar esse dinheiro para contratar novos garotos bom de bola, reiniciando o ciclo. Por isso, possuir uma equipe própria aqui no Brasil ajudaria nesse trabalho de garimpagem no futebol sul-americano feito pelos italianos e provavelmente deixaria o sistema ainda mais preciso.
JOEY SAPUTO
Integrante de uma família de origem italiana que enriqueceu no Canadá vendendo laticínios e molho para macarrão, Saputo está no mundo do futebol desde os anos 1990 e já fundou dois times da MLS (Major League Soccer): o antigo Montréal Impact, que morreu em 2011, e CF Montréal, um dos três representantes canadenses atuais na liga norte-americana. Na década passada, o empresário resolveu expandir seus negócios para a Europa e virou o acionista majoritário do Bologna, que está ininterruptamente na primeira divisão italiana desde 2015. Agora, pode seguir o mesmo caminho tomado pela 777 Partners, parceira do Vasco, outra empresa da América do Norte que lançou seus tentáculos primeiro para a Itália e depois veio ao Brasil.
AMBER CAPITAL
O fundo de investimentos liderado pelo empresário francês Joseph Oughourlian tirou o Lens da segunda divisão para transformá-lo em um clube da parte de cima da tabela da Ligue 1, a elite do futebol que venceu a última Copa do Mundo. A Amber Capital também é acionista do Padova, que disputa a terceirona da Itália, e já está na América do Sul, onde controla o Millonarios, da Colômbia. Os negócios do fundo no futebol têm ligação estreia com o empresário brasileiro Alex Bourgeois, ex-CEO de São Paulo e Figueirense, que também foi gestor da Teisa, fundo que foi parceiro do Santos nos direitos econômicos de Neymar, no começo da década passada. Por isso, entrar no mercado brasileiro e adquirir um clube por aqui é uma espécie de passo natural para a Amber.
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