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Como Mbappé transformou Messi e Neymar nos seus coadjuvantes em Paris
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Lionel Messi é o maior vencedor da história de prêmios de melhor jogador do mundo e já venceu em seis oportunidades a eleição anual da Fifa. Neymar nunca faturou esse troféu, mas subiu duas vezes ao pódio e carrega o rótulo de contratação mais cara do futebol em todos os tempos.
O astro argentino e o craque brasileiro fazem parte há tempos do primeiro escalão da modalidade. Mas, no Paris Saint-Germain, que hoje visita o Real Madrid, no jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, eles não passam de meros coadjuvantes de luxo.
Basta ver assistir a um jogo do PSG (e quase todos servem para essa análise) para entender que o "dono" da equipe francesa é Kylian Mbappé.
Os comandados de Mauricio Pochettino jogam o tempo todo em função da velocidade e habilidade do jovem de 23 anos, que se reveza entre os lados do campo e o comando do ataque.
É o já ídolo francês quem carrega a missão de desequilibrar e decidir os jogos para os parisienses, que hoje estão nas mãos dele.
Dos 77 gols marcados pelo PSG na temporada, Mbappé teve atuação direta em 41 (24 marcados por ele mesmo e 17 assistências). Esse nível de participação (53,2% do total) é típico de equipes que são muito dependentes de um grande talento individual.
Seus parceiros de ataque têm números bem mais modestos. Messi deu sua assinatura em 18 jogadas que mexeram com o placar em 2021/22 (23,4%), enquanto Neymar esteve presente em apenas oito ataques que balançaram as redes (10,4%).
Na Champions, essa dependência fica ainda mais escancarada. O camisa 7 só não teve participação decisiva em três dos 14 tentos anotados pelo clube parisiense. Todos os outros 11 gols (78,6%) saíram de finalizações ou passes seus.
Foi assim no jogo de ida do confronto contra o Real, há três semanas. Os franceses empatavam em casa até os 49 minutos do segundo tempo, quando Mbappé recebeu um passe de calcanhar de Neymar, passou pelo meio de dois marcadores e fez o gol único da partida.
É por isso também que a pancada levada pelo atacante no treino da última segunda-feira causa tanta preocupação em Pochettino. Os exames não detectaram nenhum tipo de contusão considerável, mas ainda não sabe se o "dono do PSG" terá condições de atuar durante os 90 minutos (ou 120, caso o confronto vá para prorrogação).
Com a regra do gol fora foi abolida nesta temporada, os franceses precisam de pelo menos um empate para chegarem às quartas da Champions. Caso o Real vença por um gol de diferença (independente do placar), o mata-mata não se resolverá no tempo regulamentar e pode chegar até à disputa de pênaltis.
Pela terceira temporada consecutiva, a decisão da Liga dos Campeões não será jogada no local inicialmente programado pela Uefa.
Depois de levar as duas últimas finais da Champions para Portugal por conta da pandemia da covid-19, a entidade europeia resolveu tirar o jogo do título desta edição de São Petersburgo como forma de sanção pela invasão da Rússia à Ucrânia.
Com isso, a partida que definirá o sucessor do Chelsea no posto de melhor time da Europa será agora disputada no dia 28 de maio, em Saint-Denis, nos arredores de Paris (França).
Champions - oitavas de final (jogos de volta)
Ontem - Bayern de Munique 7 x 1 Red Bull Salzburg, na Alemanha
Ontem - Liverpool 0 x 1 Inter de Milão, na Inglaterra
Hoje, às 17h - Paris Saint-Germain x Real Madrid, na França
Hoje, às 17h - Manchester City x Sporting, na Inglaterra
15/03 - Manchester United x Atlético de Madri, na Inglaterra
15/03 - Ajax x Benfica, na Holanda
16/03 - Lille x Chelsea, na França
16/03 - Juventus x Villarreal, na Itália
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