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Por que dono do PSG, ao contrário do City, não quer comprar time no Brasil?
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A profissionalização do futebol brasileiro e adoção de diferentes modelos de clubes-empresas abriram as portas do país pentacampeão mundial para a entrada de investidores externos, acostumados a trabalhar com a modalidade na Europa e em outros cantos do mundo.
A Red Bull foi pioneira e veio para o Brasil antes mesmo da aprovação das SAFs (Sociedades Anônimas de Futebol). Agora, quem está louco para entrar no mercado nacional é o City Group, dono do Manchester City e de outros nove times espalhados por quatro continentes.
Na contramão desses dois gigantes e de tantos outros bilionários e grupos que pretendem adquiri algum clube no futebol brasileiro nos próximos meses está o QSI (Qatar Sports Investment).
O "Blog do Rafael Reis" apurou que o fundo proprietário do Paris Saint-Germain, time onde jogam Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé, três dos maiores astros dos gramados na atualidade, não tem nenhum projeto em mente para o Brasil.
O plano da realeza do Qatar, que é quem na prática administra o clube francês, sempre foi e continua sendo concentrar seus investimentos em futebol profissional em apenas um clube do exterior: justamente o PSG.
Ao contrário do City Group, também de propriedade de uma família real do Oriente Médio (Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos), que criou uma estrutura e contratou profissionais acostumados a trabalhar na elite da modalidade na Europa para diversificar seus investimentos, os qatarianos nunca tiveram essa preocupação.
Isso porque eles acreditam que a melhor forma de conseguir atingir seus objetivos (vincular na opinião pública o nome do Qatar ao que há de mais prazeroso no futebol, e não às violações de direitos humanos costumeiramente cometidas pelo país) é transformar o PSG no time mais encantador do planeta.
E, para melhorar as chances de atingir essa meta, a QSI adotou uma política de foco completo no time parisiense. É ele que recebe todos os recursos e a atenção do fundo dirigido por Nasser Al-Khelaifi, também presidente do clube.
Três anos atrás, a imprensa francesa chegou a publicar que os comandantes do PSG poderiam abrir mão dessa filosofia para comprar a Roma e ter uma segunda equipe capaz de fazer bonito no cenário europeu. Só que esse rumor nunca foi concretizado e nem confirmado pelo fundo de investimentos.
A QSI existe desde 2005 e serve para executar as estratégias internacionais do governo do Qatar nos setores de esporte, lazer e entretenimento. Em 2011, ela comprou o PSG e começou a despejar caminhões de dinheiro no clube para tentar transformá-lo em uma potência global.
Graças a essa grana toda, os parisienses fizeram as duas contratações mais caras da história do futebol mundial (Neymar e Mbappé) e já empilharam sete títulos da Ligue 1 (mais do que o triplo do que haviam conquistado em toda sua existência anterior). Também alcançaram uma final da Liga dos Campeões da Europa, mas acabaram derrotados pelo Bayern de Munique.
Dos 12 clubes tradicionalmente chamados de "grandes" no Brasil, três já aderiram ao modelo de clube-empresas, criaram SAFs e venderam seus departamentos de futebol para investidores: Cruzeiro, Vasco e Botafogo.
Atlético-MG, Grêmio e Internacional também estão estudando a possibilidade de adotar esse modelo de gestão. De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, colunista do UOL Esporte, os atleticanos até já chegaram a conversar com o City Group e receberam um aceno de que o conglomerado aceitaria pagar até R$ 1 bilhão por 51% das suas ações, o que lhes daria o controle sobre a administração do atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil.
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