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Por que é pouco provável que Neymar e Messi consigam ir embora do PSG?
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A derrota por 3 a 1 para o Real Madrid, na semana passada, e a eliminação nas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa foram o ponto-final do sonho do Paris Saint-Germain de reunir Kylian Mbappé, Lionel Messi e Neymar no mesmo time.
Ainda que eles tenham mais dois meses de compromissos juntos pela equipe francesa até o encerramento da temporada, já se sabe que o "trio de ouro" não cumprirá o objetivo para o qual ele foi montado: ganhar a Champions.
Isso porque Mbappé não permanecerá em Paris depois do verão europeu (alguns veículos da imprensa espanhola dizem até que o jovem astro já assinou pré-contrato com o Real Madrid). E Messi e Neymar estão louquinhos para fazer o mesmo.
O problema é que eles não gozam do mesmo "privilégio" do companheiro mais jovem de ataque: ter um contrato que termina no fim da temporada. Por isso, só poderão mudar de clube se a diretoria parisiense permitir.
De acordo com o jornal espanhol "As", o pai e agente de Messi, Jorge Messi, ligou para o presidente do Barcelona, Joan Laporta, depois de o filho ser vaiado no último fim de semana (vitória por 3 a 0 sobre o Bordeaux) e disse que a estrela argentina adoraria "voltar para casa".
Só que o PSG certamente não vai deixar que o hexacampeão do prêmio de melhor jogador do mundo rompa seu contrato com um ano de antecedência e vá embora sem o pagamento de uma boa indenização. E uma coisa que o Barça definitivamente não está é "nadando em dinheiro" (foi esse, inclusive, o motivo que levou à saída do seu antigo camisa 10 rumo à França).
O rompimento das relações entre o clube francês e Neymar é ainda mais complexo.
Apesar de a diretoria não estar lá muito satisfeita com o desempenho do brasileiro, que só marcou cinco gols nesta temporada e não balançou as redes na Champions, o clube e o jogador estão ligados por um vínculo que vai até 2025.
E, ao contrário de Messi, Neymar nunca deu nenhum indicativo na carreira de que aceitaria mudar de time para ganhar menos. O problema é que, até por causa do seu declínio físico e técnico, dificilmente ele encontrará na Europa alguém disposto a bancar seu salário anual de 37 milhões de euros (R$ 208,7 milhões).
Para piorar, o mercado norte-americano, que talvez embarcasse nessa aventura, está em guerra com o brasileiro desde que ele declarou que gostaria de jogar nos EUA porque lá tem "três ou quatro meses de férias". Até o chefão da MLS (Major League Soccer) se pronunciou sobre o tema e disse que sua liga não precisa mais de jogadores que estão pensando em "pegar leve" antes da aposentadoria.
Novamente sem ter conseguido realizar o sonho de vencer a primeira Champions da sua história, o PSG tem apenas o Campeonato Francês como possível prêmio de consolação nesta reta final de temporada.
A equipe de Messi e Neymar está disparada na liderança e, faltando dez rodadas para o fim da competição, já abriu 15 pontos de vantagem para Olympique de Marselha e Nice, seus adversários mais próximos.
O próximo compromisso parisiense é o clássico contra o Monaco, domingo, no principado. Depois, o time terá duas semanas de calendário livre por causa da Data Fifa e da reta final das eliminatórias da Copa do Mundo-2022.
O PSG venceu sete das últimas nove edições da Ligue 1. Mas, na temporada passada, acabou sendo superado pelo Lille e ficou com o vice-campeonato.
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