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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Clubes argentinos turbinam gastos contra domínio brasileiro na Libertadores

Esequiel Barco é um dos principais reforços do River para a Libertadores - Divulgação
Esequiel Barco é um dos principais reforços do River para a Libertadores Imagem: Divulgação

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Depois de três edições consecutivas da Copa Libertadores da América vencidas por clubes brasileiros, a Argentina resolveu reagir para tentar colocar fim à hegemonia do seu maior rival no futebol sul-americano.

Os seis clubes da terra de Lionel Messi que disputam a partir de hoje a fase de grupos do torneio interclubes mais importante do continente foram às compras e investiram pesado para reforçar seus elencos e voltar a fazer frente aos vizinhos.

Juntos, Boca Juniors, Colón, Estudiantes, River Plate, Talleres e Vélez Sarsfield gastaram 34,7 milhões de euros (R$ 175,9 milhões) só com a compra de direitos econômicos de novos jogadores na janela de transferências do começo do ano.

Para se ter uma ideia de como esse valor é muito dinheiro para os clubes argentinos, no ano passado eles não chegaram a investir nem 11 milhões de euros (R$ 55,8 milhões) em reforços para a Libertadores, mesma situação da temporada anterior.

Neste ano, quem comanda a gastança argentina é a dupla Boca Juniors e River Plate. O time da Bombonera torrou 7,2 milhões de euros (R$ 36,5 milhões) em novos atletas e conseguiu repatriar o centroavante Darío Benedetto, que já foi sonho de vários times brasileiros e estava no Olympique de Marselha.

O Boca também venceu a disputa com o Botafogo pelo meia-atacante Óscar Romero, irmão gêmeo de Ángel, que fez sucesso por aqui com a camisa do Corinthians, e contratou jogadores que estavam no México e nos Estados Unidos.

Já o River, último argentino a ganhar a Libertadores (2018), descolou dois empréstimos importantíssimos, os dos meias-atacantes Esequiel Barco (Atlanta United) e Juan Fernando Quintero (Shenzhen FC). Também resgatou o zagueiro Emanuel Mammana, com passagens pela seleção, que estava no Zenit São Petersburgo.

Os 5,1 milhões de euros (R$ 25,8 milhões) que gastou nesta janela serão repostos com a venda de Julián Álvarez para o Manchester City. Só que para a sorte do técnico Marcelo Gallardo, o melhor jogador do último Campeonato Argentino só precisará se apresentar aos ingleses no meio do ano, já depois do encerramento da fase de grupo.

Apesar da recente hegemonia brasileira, com Flamengo (2019) e Palmeiras (2020 e 2021), a Argentina continua sendo a grande vencedora da história da competição. Os "hermanos já levantaram o troféu em 25 oportunidades, quatro mais do que o único país pentacampeão mundial de futebol.

Os dois maiores campeões sul-americanos de clubes, Independiente (sete títulos) e Boca (seis), são de lá. Aqui no Brasil, nenhuma equipe conseguiu vencer o torneio mais do que três vezes, feito alcançado por Grêmio, Palmeiras, Santos e São Paulo.

Como já aconteceu nas últimas três temporadas, a final da Libertadores-2022 será novamente disputada em jogo único. Desta vez, a decisão está programada para o dia 29 de outubro, no estádio Monumental de Guayaquil, no Equador.

Brasileiros na Libertadores - semana 1

Hoje, às 19h15 - Caracas (VNZ) x Athletico-PR, Grupo B
Hoje, às 21h30 - Always Ready (BOL) x Corinthians, Grupo E
Hoje, às 21h30 - Sporting Cristal (PER) x Flamengo, Grupo H
Amanhã, às 19h - América-MG x Independiente del Valle (EQU), Grupo D
Amanhã, às 19h - Red Bull Bragantino x Nacional (URU), Grupo C
Amanhã, às 21h - Tolima (COL) x Atlético-MG, Grupo D
Amanhã, às 21h - Deportivo Táchira (VNZ) x Palmeiras, Grupo A
Quinta (7/04), às 19h - Fortaleza x Colo-Colo (CHI), Grupo F

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado no texto, o Grêmio também conquistou a Copa Libertadores três vezes. O erro foi corrigido.