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Como uma cidade de 50 mil habitantes pôs seu time nas quartas da Champions
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O estádio de La Cerámica, sede da primeira partida entre Villarreal e Bayern de Munique, a partir das 16h (de Brasília) de hoje, válida pelas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, tem capacidade para receber até 23.500 torcedores.
A lotação da arena equivale a 47% da população total de Villarreal (aproximadamente 50 mil habitantes), o município que abriga o "Submarino Amarelo".
Não, você não leu errado. Uma cidade mais ou menos do tamanho de Cabreúva, Monte Alto e Cerquilho, todas no interior do estado de São Paulo, é a casa de um dos oito melhores times da temporada europeia.
Villarreal, o município, também já tem seu nome gravado na história do futebol do Velho Continente por ser a menor sede de um clube vencedor de algum torneio da Uefa: a Liga Europa 2020/21.
Qualquer um que trabalha com futebol em cidades pequenas deve ter ficado pasmo com essas informações e se perguntado: como o time Villarreal conseguiu superar as barreiras demográficas para se tornar uma força tão relevante no cenário internacional?
A primeira e principal explicação é que, apesar de não ter tantos habitantes assim, Villarreal é uma cidade economicamente relevante para a Espanha. O município é a capital nacional da cerâmica e, por isso, conta com quatro das 500 maiores empresas do país. Ou seja, não falta dinheiro por lá.
Além disso, ela fica a menos de 60 km de distância de Valencia, o terceiro maior centro urbano espanhol, e faz parte de uma região onde moram quase 5 milhões de pessoas. Na prática, isso significa que sua área de influência não é nada modesta.
Foi por tudo isso que o bilionário valenciano Fernando Roig, empresário do ramo da cerâmica e também acionista de uma das maiores redes de supermercado da Espanha, decidiu investir na compra do Villarreal, então na segunda divisão, lá em 1997/98.
Na temporada seguinte, o "Submarino Amarelo" já estreou na elite. Em 2003/04, disputou a Copa da Uefa (hoje Liga Europa) pela primeira vez e, apenas dois anos mais tarde, debutou na Champions.
A campanha foi histórica. O time, que contava com nomes do calibre de Diego Forlán, Marcos Senna e Juan Pablo Sorín, chegou até as semifinais e só foi eliminado pelo Arsenal na hora de decidir a vaga na decisão porque o argentino Juan Román Riquelme desperdiçou um pênalti.
Desde então, o Villarreal se consolidou como uma espécie de quinta força da Espanha (atrás de Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madri e Sevilla) e passou a ter participações esporádicas no principal torneio interclubes do mundo.
Nesta temporada, foi segundo colocado de um grupo que tinha Manchester United, Atalanta e Young Boys. E, nas oitavas, surpreendeu a Juventus com uma vitória por 4 a 1 no placar agregado das duas partidas. Agora, precisa desbancar outro favorito, o Bayern, para igualar sua melhor campanha na competição.
Pelo terceiro ano consecutivo, a decisão da Liga dos Campeões não será jogada no local inicialmente programado pela Uefa.
Depois de levar as duas últimas finais da Champions para Portugal por conta da pandemia da covid-19, a entidade europeia resolveu tirar o jogo do título desta edição de São Petersburgo como forma de sanção pela invasão da Rússia à Ucrânia.
Com isso, a partida que definirá o sucessor, ou não, do Chelsea no posto de melhor time da Europa será agora disputada no dia 28 de maio, em Saint-Denis, nos arredores de Paris (França).
Champions - quarta de final (jogos de ida)
Ontem - Benfica 1 x 3 Liverpool, em Portugal
Ontem - Manchester City 1 x 0 Atlético de Madri, na Inglaterra
Hoje, às 16h - Villarreal x Bayern de Munique, na Espanha
Hoje, às 16h - Chelsea x Real Madrid, na Inglaterra
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